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Feliz Deserto: drama de nova enchente

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MAIKEL MARQUES Repórter Sucursal Arapiraca - No dia seguinte ao temporal que inundou e arrasou a cidade de Feliz Deserto, o clima entre os mais de 2.500 desabrigados é de desespero e medo de uma nova enchente. Ontem à tarde, o nível do rio que cruza o centro da cidade baixou e permitiu o acesso de veículos que levavam donativos para os três colégios onde estão alojadas as vítimas do temporal. ?Ainda não temos noção exata do prejuízo. A cidade está devastada e estamos desesperados?, resumia a prefeita Rosiana Beltrão (PMDB), atual presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA). Depois de anunciar a decretação do estado de calamidade, ela explicou à Gazeta que a Comissão Municipal de Defesa Civil deve concluir, hoje à tarde, relatório com ?avaliação rigorosa? dos danos causados pela enchente. O documento é requisito indispensável à liberação de verbas por parte dos governos estadual e federal. ?Até agora, são 2.500 pessoas desabrigadas. Desse total, pouco mais de mil pessoas perderam suas casas. Fecharemos o relatório amanhã [hoje] e o número pode aumentar?, explicou Rosiana. Os desabrigados ocupam todos os cômodos do mercado público e de três escolas da rede municipal de ensino. ?Perdi quase todos os objetos domésticos. Restaram as paredes de uma casa velha que pode desabar a qualquer momento?, disse uma dona de casa vítima da tragédia. Ela, o marido e dois filhos se espremiam num dos corredores de uma escola pública. ?Felizmente, temos comida para suportar a agonia da noite improvisada?, completou. O alimento a que se referia a desabrigada foi doado ao município por duas empresas do ramo açucareiro: o Grupo Carlos Lyra e a Usina Coruripe. As duas empresas também enviaram à cidade tratores e caminhões utilizados para retirar o barro nas ruas. ?A situação ainda é caótica. Estamos em calamidade pública e dependemos da ajuda da população alagoana. Portanto, pedimos ajuda de qualquer cidadão comum e de grupos empresariais também?, explicou Rosiana Beltrão. A secretária de Articulação Política do Governo Estadual, Fátima Borges (PSB), observou a devastação na cidade. Ela garantiu apoio do governo estadual com fornecimento de alimentos e de recursos materiais para a reconstrução da estrutura física. Exército O 59º Batalhão do Exército, sediado em Maceió, enviou à cidade 18 homens. Ontem, eles trabalhavam em regime de urgência na construção de um alojamento de lona para abrigar 261 famílias. Integrantes da Comissão Estadual de Defesa Civil estão de prontidão na cidade e trabalham no monitoramento do Rio Cambuípe, cujo nível baixou mais de um metro ontem e permitiu acesso de veículos às demais ruas do centro. Funcionários da Secretaria Municipal de Saúde estão de plantão. O objetivo é prevenir a proliferação de doenças contagiosas. Até ontem à tarde, o único problema eram algumas crianças com diarréia. Penedo Ontem pela manhã, a Defesa Civil transferiu 15 famílias do bairro Barro Vermelho, na zona rural de Penedo, porque suas residências corriam risco de alagamento em virtude do excesso de água na Lagoa do Arroz.

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