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Gestantes em risco continuam sem UTIs

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CARLA SERQUEIRA Repórter Já se passaram vinte e três dias que a secretária estadual de Saúde, Kátia Born, comprometeu-se em utilizar leitos das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) Neonatais da rede privada para garantir a vida de gestantes e recém-nascidos em situação de risco que não encontrassem vagas em hospitais públicos. Os leitos seriam disponibilizados assim que houvesse demanda, mas segundo o Hospital Universitário (HU), a situação de superlotação continua a mesma. Na unidade, a capacidade é de 10 leitos, mas, hoje, 19 bebês estão internados. Na área de pré-parto todos os 60 leitos estão ocupados e pelo menos cinco gestantes foram instaladas em sofás e macas à espera de uma vaga. A criação de 34 novos leitos em Alagoas foi anunciada no dia 3 de maio. O prazo estipulado foi de 40 dias. “Não quero mais nenhuma criança morta em Alagoas. Se existe algum hospital particular que tem UTI, nós vamos utilizar durante os próximos 40 dias, enquanto as UTIs ficam prontas”, disse Kátia Born, quando a ampliação de vagas foi divulgada. A assessora da direção técnica do HU, a enfermeira Lindinalva Freitas da Silva, faz um alerta: “É impossível mantermos essa situação. A nossa UTI Neonatal está estrangulada com o aumento de quase 100% no número de recém-nascidos internados, o que significa risco de infecção hospitalar e de mortes. Nós recomendamos as gestantes a procurarem a Maternidade Santa Mônica ou outra unidade de saúde; caso contrário, nossos setores vão entrar em colapso”. Na última terça-feira, dia 24, a Maternidade Santa Mônica registrava onze recém-nascidos em sua UTI Neonatal e trinta e dois no berçário intermediário; exatamente o limite de vagas que pode ofertar. Os hospitais estão realizando triagens e atendendo apenas gestantes que apresentarem quadros mais graves. A secretária estadual de Saúde, Kátia Born, disse que as obras no Hospital dos Usineiros e no São Rafael vão ser finalizadas em breve. Nas duas unidades, seis leitos em UTIs Neonatais serão criados para atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS), e no São Rafael outros dois. ### UTI no Interior continua no papel A criação de trinta e quatro leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) Neonatais - a maioria no Interior - foi anunciada pela secretária estadual de Saúde, Kátia Born, no último dia 3 de maio, dentro do prazo máximo de 40 dias. A superlotação das UTIs se deve ao fato de gestantes das cidades do interior não encontrarem atendimento adequado e serem, com freqüência, transferidas para a Maternidade Santa Mônica e Hospital Universitário (HU). Arapiraca é o principal exemplo deste problema. Sendo a segunda maior cidade de Alagoas, não possui estrutura para realizar partos de risco. De acordo com Kátia Born, a unidade vai receber, em meados do próximo mês, dez leitos. A ampliação das vagas oferecidas pelo Hospital Regional de Palmeira dos Índios, o único do Interior que tem UTI Neonatal, foi anunciada em caráter de urgência. A capacidade, segundo Kátia Born, será ampliada de três para oito leitos. Os leitos seriam mantidos numa parceria entre os municípios e o Estado. O que, até agora, não passou de promessa foi a criação de leitos nos hospitais do Açúcar, Santo Antônio e São Rafael para receber pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Conforme anunciado no dia 3 de maio, cada hospital iria receber seis leitos. Já o hospital São Rafael mais dois; além de outros seis leitos na Unidade de Cuidados Intermediários (UCI). O procurador-geral de Justiça, Coaracy Fonseca, informou que vai pedir agilidade na criação dos leitos, além de viabilizar um Termo de Ajustamento de Conduta para os órgãos públicos que se comprometeram com a criação dos leitos.

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