Cidades
Catador pressiona governo por terrenos

REGINA CARVALHO Repórter Catadores de materiais recicláveis fizeram, ontem, caminhada pela ruas do Centro de Maceió e protesto em frente ao Palácio Floriano Peixoto. Eles pediram audiência com o governador Ronaldo Lessa no sentido de agilizar a regularização fundiária na Vila Emater II, em Jacarecica, e na Cidade de Lona, no bairro Eustáquio Gomes. O protesto lembrou o Dia Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis. Cerca de 850 e 250 famílias vivem há mais de dez anos, respectivamente na Cidade de Lona e Vila Emater II. Várias reuniões foram realizadas com os moradores mas até agora a posse definitiva das áreas ainda não foi concedida pelo governo. Até agora não houve avanço nas negociações. Por isso estamos aqui para tentar agilizar o processo de desapropriação que está parado. Queremos que o governador assine a posse dos terrenos, informou Roseny de Almeida, assessora da Cáritas Brasileiras. A assessora da Cáritas lamentou ainda que o muro levantado pelos proprietários de mansões irregulares em Jacarecica continua cercando a favela da Vila Emater. Até agora o muro não foi derrubado pelas autoridades, o que acaba prejudicando a vida dos moradores, destacou Roseny de Almeida. Sem resposta Os manifestantes pediram audiência com o governador, mas somente no final da manhã o secretário-geral de governo, Germano Regueira, recebeu os moradores da Cidade de Lona e Vila Emater II. Na oportunidade ele se comprometeu a agilizar o processo de desapropriação das áreas até o dia 30 deste mês. Maria Cavalcante da Silva, catadora de materiais recicláveis de Arapiraca, relatou as condições da categoria na região Agreste. Lá nós também não temos moradia. Não temos nem mesmo onde guardar nosso material, lamentou. De acordo com ela o preço de um quilo de garrafa de plástico (de refrigerante) custa R$ 0,60, rendendo para o sustento da família de R$ 20 a R$ 25 por semana.