Reduzir o índice de cáries através da utilização de raios laser já é uma realidade no Brasil. Segundo informações do professor da Universidade de São Paulo, Luiz Lage Marques, o controle é feito a partir das alterações físicas que sofrem a superfície dentária. “A superfície do esmalte do dente fica mais resistente aos ataques de microorganismos formadores da cárie, mas a incidência de redução vai depender da estrutura dental”, explicou Luiz Marques, durante o I Encontro Nacional da Associação Brasileira do Laser em Odontologia, que aconteceu em Maceió. Para o especialista, uma das maiores ações do laser ocorre no controle da dor e da inflação, em pacientes que se submetem a tratamentos radioterápicos e quimioterápicos. Em conseqüência, eles desenvolvem processos inflamatórios nas gengivas. “Há um amplo controle da dor e da inflação nos tecidos bucais através do laser”, ressaltou Luiz Marques. Segundo suas informações, já existem, no Brasil, centros nas universidades especializados no atendimento de pacientes com a utilização de lasers, indicando não se tratar de uma tecnologia fora do alcance da população. “As faculdades e Associações Brasileiras de Odontologia podem criar centros e produzir atendimento e benefícios à população”, comentou o professor da USP. O mercado dispõe de cerca de 300 equipamentos com potências diferenciadas para os diversos tipos de atendimento. Em São Paulo, a USP criou o Laboratório Experimental de Laser em Odontologia, onde se faz atendimento e treinamento profissional. Nos últimos anos, foram feitas 50 teses de mestrado sobre o assunto, abordando-se as variadas formas de utilização do laser.