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Nº 5759
Cidades

Revitaliza��o exclui munic�pios alagoanos

ROBERTO VILANOVA Apenas cinco dos onze municípios alagoanos banhados pelo São Francisco foram relacionados no projeto de tombamento do rio, encaminhado à Unesco. O que a geografia consagra, a burocracia oficial refuga, prejudicando seis cidades alagoan

Por | Edição do dia 05/05/2002 - Matéria atualizada em 05/05/2002 às 00h00

ROBERTO VILANOVA Apenas cinco dos onze municípios alagoanos banhados pelo São Francisco foram relacionados no projeto de tombamento do rio, encaminhado à Unesco. O que a geografia consagra, a burocracia oficial refuga, prejudicando seis cidades alagoanas que deixarão de receber os recursos financeiros destinados à restauração e à preservação do acervo cultural. A Federação das Indústrias de Minas Gerais – Federaminas - que encaminhou o projeto, isenta-se de culpa pelo fato de as cidades de Olho D’Água do Casado, Belo Monte, Traipu, Porto Real do Colégio, São Brás e Igreja Nova terem sido alijadas. A assessoria da Federaminas informou que o critério para escolha das cinco cidades contempladas foi o acervo histórico relevante. Dos cinco Estados banhados pelo São Francisco, Minas Gerais é o mais contemplado, com sete cidades escolhidas; em seguida, Bahia, Sergipe e Alagoas, com cinco cidades cada um, e Pernambuco, duas cidades. São Roque de Minas (Parque Nacional da Serra da Canastra), Sete Lagoas (Barragem de Três Marias), Buritizeiro (Sítio Arqueológico), Várzea da Palma (ruínas da Igreja de Bom Jesus de Matozinhos), Pirapora (Ponte Marechal Hermes e o gaiola Benjamin Guimarães) Januária ( Igreja de Nossa Senhora do Rosário e Parque Nacional Cavernas do Peruaçu) e Matia Cardoso (Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição), são as cidades mineiras relacionadas no projeto, com os acervos a serem tombados. Acervo alagoano As cidades baianas são: Bom Jesus da Lapa (Gruta de Bom Jesus da Lapa), Paratinga (Igreja Matriz de Bom Jesus de Santo Antônio) Xiquexique (Igreja de Santana do Miradouro) e Juazeiro (estação ferroviária, aqueduto do horto florestal, prédio da Câmara Municipal, museu regional do São Francisco) e Paulo Afonso (Reserva Ecológica do Raso da Catarina). Em Alagoas, foram escolhidos Delmiro Gouveia (Usina Anjiquinho), Piranhas (Igreja Matriz de Nossa Senhora da Saúde), Pão de Açúcar (Igreja de Nossa Senhora da Luz), Penedo (Convento dos Franciscanos, Igreja de Nossa Senhora das Correntes, Igreja de São Gonçalo Garcia dos Homens Pretos, Oratório da Forca, Casa da Aposentadoria, Catedral Matriz de Penedo, Paço Imperial e Teatro Sete de Setembro) e Piaçabuçu (Área de Proteção Ambiental). Cidades alijadas As cidades sergipanas relacionadas são: Neópoles (Igreja de Nossa Senhora do Rosário e sobrados), Propriá (sobrados), Porto da Folha (Igreja de São Pedro), Poço Redondo (Gruta de Angicos, onde mataram Lampião), Canindé do São Francisco (Sítio de Justino). De Pernambuco, foram relacionados os municípios de Petrolina (estação ferroviária, Igreja de Nossa Senhora Rainha dos Anjos) e Belém do São Francisco (Igreja de Nossa Senhora do São Francisco). O projeto de revitalização do São Francisco engloba a engenharia, a arquitetura, a etnografia e o folclore em todas as suas manifestações. Nos municípios alagoanos que ficaram de fora da lista enviada à Unesco, visando-se a inclusão do Rio São Francisco na relação dos patrimônios da humanidade, pelos menos dois municípios – Belo Monte e Traipu - obedecem às exigências para receber ajuda financeira.

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