loading-icon
MIX 98.3
NO AR | MACEIÓ

Mix FM

98.3
sexta-feira, 27/06/2025 | Ano | Nº 5998
Maceió, AL
24° Tempo
Home > Cidades

Cidades

Popula��o retira 1,2 bilh�o de m3 do S�o Francisco

Ouvir
Compartilhar
Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Whatsapp

ROBERTO VILANOVA Canindé do São Francisco (SE) ? Com vazão média estimada em 2,8 mil metros cúbicos por segundo, o Rio São Francisco oferta 1,2 bilhão de metros cúbicos de água por ano para abastecer a população urbana, as indústrias, a irrigação e a piscicultura desde a nascente, em Minas Gerais, à foz, entre Alagoas e Sergipe. Os números foram apresentados pela Agência Nacional de Águas ? ANA - para mostrar a necessidade de se assumir o controle sobre a demanda de água no País. O abastecimento d?água, com 28 milhões de metros cúbicos por ano, é o que consome mais água do São Francisco; em seguida vem as indústrias, principalmente siderúrgicas, e aquicultura com o consumo de nove milhões de metros cúbicos por ano e irrigação com 1 milhão e 76 mil metros cúbicos. Para se irrigar os 620 mil hectares de terras, consome-se 588 metros cúbicos de água por segundo, dos quais 235 metros cúbicos retornam ao rio, 352 metros cúbicos por segundo se perdem ? uso consultivo, ou seja, irrigação, abastecimento d?água e siderúrgicas. Rio Oceânico A Bacia do Rio São Francisco ocupa uma área de 640 mil quilômetros quadrados ou o equivalente a vinte vezes o território da Bélgica, dezenove vezes a Holanda, quinze vezes a Dinamarca e seis vezes o território de Portugal. O rio tem 2,7 mil quilômetros de extensão desde a nascente, no município de São Roque de Minas (Serra da Canastra) à foz, no Pontal do Peba, entre Alagoas e Sergipe. Tem 168 afluentes, sendo 90 na margem esquerda e 78 na direita, entre rios, córregos e riachos; e recebem por ano 260 metros cúbicos por segundo, lançado pelo Rio Tocantins, através das lagoas Jalapão e Varedão, no oeste da Bahia. Pela extensão, os índios chamavam o rio de Opara (rio oceânico na língua tupi). Projeto sergipano Único Estado banhado pelo Rio São Francisco sem projeto público de irrigação no semi-árido, Alagoas é o que menos consome água do São Francisco, apesar das adutoras no Agreste e Sertão. Aracaju, por exemplo, recebe 30% da água que consome do São Francisco, a partir de uma adutora construída em Propriá, na divisa com Alagoas. Os sergipanos também contribuíram para o aumento do consumo da água do rio, ao ampliarem o projeto de irrigação Califórnia-Curituba, que agora beneficia também terras no município de Poço Redondo. A água que irriga o semi-árido sergipano é retirada da Barragem de Xingó, beneficiando 40 mil hactares de caatinga, onde hoje se produz frutas e verduras. A vantagem da irrigação no semi-árido nordestino vem atraindo empresários do sul do País (Grupos Sílvio Santos, Carrefour, entre outros). Um hectare plantado com tomate no semi-árido produz 80 toneladas, com melão e uva 15, com cebola 37 toneladas, o dobro da produção do Sul/Sudeste, com outra vantagem: não tem risco de geada e produz duas safras no ano.

Relacionadas