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Pescador n�o teme puni��o e critica CB

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FÁBIA ASSUMPÇÃO Repórter O dono da canoa que naufragou com 10 pescadores na terça-feira, depois de ser atingida por uma onda na Boca da Barra, no município de Marechal Deodoro, José Mauri Cirilo classificou o acidente como uma fatalidade. Ele disse que não teme ser processado pela Capitania dos Portos, que afirmou que o acidente foi causado, provavelmente, porque a embarcação estava lotada e não havia equipamentos de segurança, como coletes salva-vidas. “A capitania devia se preocupar em ajudar os pescadores. Tem muito pescador aqui que não tem R$ 2,00 para comprar pão e sai para pescar com fome. Como é que uma pessoa dessa vai comprar um colete que custa R$ 60,00?”. Mauri Cirilo negou também que os pescadores estivessem embriagados. “Todos saíram para pescar e ninguém tinha bebido”, disse. Ele reclamou também da falta de condições do Corpo de Bombeiros, que não tinha embarcação adequada para fazer o resgate dos pescadores. O dono do barco lembrou que há cerca de dois anos, um soldado do Corpo de Bombeiros morreu durante um treinamento na Lagoa Mundaú, e a Capitania dos Portos não se preocupou em responsabilizar ninguém pelo acidente. Segundo Mauri, todas as pessoas que estavam na embarcação são acostumadas a sair para pescar, no entanto foram surpreendidas pela correnteza, que os jogou em alto-mar. “Meu filho foi um herói, ele saiu para salvar os outros pescadores”, afirmou. Ontem pela manhã, o corpo do pescador Antônio Nascimento de Moraes, 29 anos, que morreu no acidente, foi enterrado no Cemitério de São José, no Trapiche, num clima de comoção. Maria de Lourdes Guimarães, que vivia com Antônio há 12 anos, estava inconsolável. Ela disse que o marido saiu por volta das 8 horas da terça-feira, como já era costume, para pescar com amigos. Ela só soube da morte dele por volta das 16 horas, quando foi procurar informações na Unidade de Emergência. Segundo Maria, apesar de ser pescador, Antônio não era um bom nadador.

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