Os candidatos classificados no concurso da Polícia Civil reivindicaram do presidente do Tribunal de Justiça, Fernando Tourinho, em audiência realizada ontem, maior empenho no sentido de agilizar o processo que garante a validade do concurso. “As aulas para formação dos agentes só podem ser retomadas até sexta-feira. Do contrário, não haverá tempo suficiente para conclusão do curso e nós ficaremos prejudicados”, disse Carlos Henrique Celestino, integrante da comissão dos aprovados. O presidente do TJ explicou que vai tentar sensibilizar os desembargadores para a gravidade da questão, até porque o pessoal aprovado precisa fazer o curso de formação, para finalmente haver a nomeação que, em virtude da lei eleitoral, tem que acontecer até 8 de julho. O curso, por sua vez, vai até 22 de junho. Segundo Eduardo Palmeira, também da comissão dos aprovados, lembrou que o importante neste momento é que a Justiça reconheça a validade do concurso. “Como ele está suspenso, o curso automaticamente foi cancelado pela Academia de Polícia Civil”, lamentou. Outro membro da comissão, Maxwell Brandão, acrescentou que muita gente pediu demissão do emprego depois que soube da aprovação no concurso. A falta de interpretação dos editais fez com que dezenas de candidatos entrassem na Justiça com pedido de liminar para continuar participando da etapa seguinte das avaliações, mesmo tendo havido desclassificação na etapa anterior do concurso. Alguns candidatos entraram mais de uma vez com ação na Justiça e, portanto, conseguiram mais de uma liminar. Ao todo foram pouco mais de 200 liminares, como lembrou o presidente do TJ, acrescentando que o Tribunal de Justiça cassou 99% dessas liminares, mesmo assim, cerca de 28 pessoas fizeram o psicotécnico sob liminar. A prova objetiva foi realizada por 19 mil candidatos, mas todos que obtiveram menos de 40 pontos foram eliminados logo na primeira etapa (prova escrita). Até a próxima sexta-feira o TJ julga as liminares que fizeram com que o concurso fosse suspenso.