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Extra��o irregular de barro amea�a casas em Guaxuma

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| MARCOS RODRIGUES Repórter A extração irregular de barro de uma barreira, em Guaxuma, está tirando o sono das famílias do conjunto habitacional Elias Pontes. O avanço das escavações produziu uma cratera de 2km de área e tem posto em risco as casas e logradouros públicos construídos ao longo de 20 anos de ocupação da região. Os moradores acusam a empresa Almeida Construções Ltda como a responsável pela retirada do grande volume de barro da encosta, e que ela não teria licença para realizar o trabalho. O material retirado do local está sendo levado para aterrar um mangue que dará origem ao Loteamento Morada da Garças, em Riacho Doce. Segundo técnicos do Instituto do Meio Ambiente (IMA) e policiais da Delegacia de Repressão a Crimes Ambientais, o proprietário já foi notificado e teve a obra embargada duas vezes. Numa delas todo o seu maquinário foi apreendido. “Já existe até um inquérito encaminhado à Justiça sobre essas irregularidades”, confirmou o policial Mariel Fernando. No IMA, o empresário, identificado apenas como Almeida, também foi notificado, mas ainda assim continuou a retirada. “Os procedimentos administrativos já incluíram até o embargo da obra, que, nesse momento, além dos danos ao meio ambiente, põe em risco algumas residências”, reconheceu Giuseppe Lippo, coordenador de Fiscalização do IMA. Ele confirmou que a obra seria embargada pela terceira vez. Enquanto a lei continua sem eficácia para conter a degradação, os moradores vivem assustados. “Isso está pondo em risco nossas vidas. Se isso não parar logo chegará até minha casa”, disse o vigilante desempregado Ivan José da Silva, que mora a 10 metros do abismo. A comerciante Luciana Tenório disse que muitas mobilizações já foram realizadas, mas que não surtiram efeito. “No inverno, o medo é ainda maior. Quanto a nós já protestamos, mas fica por isso mesmo”, lamenta.

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