Os aprovados no concurso público da Polícia Civil decidiram, ontem, entrar com mandado de segurança no Tribunal de Justiça, para obtenção de uma liminar que garanta o início imediato do curso de formação, na Academia de Polícia Civil. A decisão foi tomada, ontem de manhã, durante uma reunião no Espaço Cultural Universitário, na Praça Sinimbu. Na reunião, membros da comissão que lidera o movimento dos candidatos aprovados no concurso denunciaram que estão recebendo ameaças, por telefone, de candidatos reprovados e que obtiveram liminares na Justiça. Eles acusaram, ainda, o Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol) de ser um dos principais interessados em impedir a admissão dos aprovados no concurso. Segundo um dos membros da comissão, Carlos Henrique Celestino, apesar de o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Fernando Tourinho, ter garantido que vai analisar a questão das liminares concedidas aos candidatos reprovados no curso até amanhã, ele acreditam que não haverá tempo hábil para análise do material até o fim da semana. “Por causa dessa situação, decidimos agir e convocar os candidatos para dar entrada a essa ação”. Segundo Henrique, o próprio secretário de Defesa Social, Antônio Arecippo, confirmou que a Academia de Polícia Civil não tem como absorver candidatos acima de sua capacidade total, que é de 1.029 pessoas. Por isso, não haveria condições de oferecer vagas para os candidatos que obtiveram liminares.