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Nº 5759
Cidades

Alagoano est� consciente da miscigena��o

Dados do Censo 2000, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam que houve um aumento no número de pessoas que se declaram de cor negra, ao contrário da população de cor branca e parda que, de acordo com o levantamento a

Por | Edição do dia 10/05/2002 - Matéria atualizada em 10/05/2002 às 00h00

Dados do Censo 2000, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam que houve um aumento no número de pessoas que se declaram de cor negra, ao contrário da população de cor branca e parda que, de acordo com o levantamento anterior feito pelo órgão em 1991, sofreu uma redução. Em 1991, apenas 3,45% dos habitantes do Estado eram negros. E em 2000 esse segmento populacional estava em 4%. Para o diretor do Núcleo de Estudos Afro Brasileiro (Neab), professor Moisés de Melo Santana, os dados refletem uma maior conscientização das pessoas em se afirmarem como negras. “A população está mais segura para ratificar suas raízes étnicas. Antigamente algumas pessoas de pele negra se auto- intitulavam morenas, hoje em dia não mais se envergonham das verdadeiras origens. Afinal, o Brasil é um País miscigenado”. O representante do Neab aponta o surgimento das políticas sociais dirigidas aos negros como um dos motivos para a sua auto-afirmação. Para ele, com a política de ações afirmativas que beneficiam os afrodescendentes, fica mais provável conquistar os direitos dessa fatia da população brasileira. Comparando-se os resultados dos Censos de 1991 e 2000, os técnicos do IBGE observaram que o aumento da população negra não ocorreu somente em Alagoas, mas em todo o País. As estatísticas mostram 5% em 1991 contra 6,2%, em 2000.

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