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Demoli��o sem prazo para ser cumprida

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| MARCOS RODRIGUES Repórter A demolição de parte da estrutura do Iate Clube Alagoas (Alagoinha) determinada pela Justiça Federal ainda não teve a data confirmada, mas não deve ultrapassar o mês de outubro. A medida, imposta pela Justiça, atende ao pedido da Advocacia Geral da União (AGU), que, desde o ano de 2000 contestou a construção e, agora, a ampliação do estacionamento do clube. Enquanto a ordem judicial não for cumprida, nem os associados ao clube podem ter acesso as suas dependências. A área a ser demolida por determinação judicial compreende o estacionamento do clube, que após a construção chegou, inclusive, a obstruir a passagem de banhistas pelo local. O despacho do juiz titular da 4º Vara, Paulo Machado Cordeiro, tenta reaver justamente o direito de ir e vir do cidadão, reivindicado pelo advogado da União em Alagoas, Marcelo Martins de Oliveira. O local que deverá vir abaixo nos próximos dias não interferirá na implantação de mais um projeto turístico no local, destinado a artesãos que serão transferidos do Cheiro da Terra, localizado na Jatiúca, para o clube, assim que a decisão da Justiça for cumprida. A informação foi dada ontem pelo autor do projeto, empresário Eduardo Robot. “O espaço que será afetado envolve apenas o estacionamento. Nossa área fica num outro ponto e não fere a lei”, argumentou Robot. A ida de parte dos artesãos para o Alagoinha foi proposta pelo empresário, que há nove anos ocupa o Cheiro da Terra, na Praia de Jatiúca. O espaço foi reivindicado pelo proprietário, que pretende montar um empreendimento hoteleiro no local. A saída dos artesãos do Cheiro da Terra está sendo contestada na Justiça, e deve ter uma sentença definitiva nos próximos dias. Articulação Um dos representantes dos artesãos, José Nivaldo da Silva, o “Soró”, disse que o grupo que ele representa - formado por cerca de 45 filiados -, chegou a propor a permanência no local. “A idéia é que pudéssemos ficar num espaço criado em forma de galeria, já que vai ser construído um hotel no local. Mas até agora não tivemos uma resposta”, disse Soró. Ele admite que entre os artesãos que comercializam no local há insatisfação quanto à transferência para o Alagoinha. “Nós nunca concordamos com a ida para o Alagoinha porque já era sabido que o lugar poderia ser demolido”, afirmou. O grupo ainda aguarda uma reunião com o prefeito Cícero Almeida (PTB), a fim de encontrar um local onde possa continuar trabalhando. Enquanto isso não ocorre, a polêmica continua. Segundo o empresário Eduardo Robot, atualmente 18 pessoas continuam inadimplentes com a administração do Cheiro da Terra. A situação teria provocado um débito de mais de R$ 300 mil em contas de energia elétrica. “No Alagoinha isso não tem o risco de ocorrer. Lá, só existirão 150 boxes com seus próprios registros. Além de portas com cartões inteligentes. Os créditos para o acesso serão liberados a cada mês”, disse.

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