O início da instalação de uma antena de telefonia móvel, no bairro do Farol, em fevereiro, vem causando, desde então, polêmica e revolta nos residentes da localidade. Os moradores se mobilizaram e juntaram assinaturas, enviando-as à Secretaria Municipal do Controle do Convívio Urbano (SMCCU) e Ministério Público, cobrando o embargo da obra, alegando a irregularidade de uma construção do gênero em área residencial, quando se sabe que a radiação emitida pela antena pode causar danos à saúde. De acordo com o chefe do Núcleo de Meio Ambiente do Ministério Público Estadual, Jorge Dória, o órgão está empenhado na busca de uma solução para o problema. Baseado em estudos científicos que indicam que a exposição próxima e duradoura de raios eletromagnéticas pode provocar riscos à saúde humana, o Ministério Público vem trabalhando para que o Judiciário tome um posicionamento no caso. “Com base no princípio da precaução, o Ministério Público está tomando providências, mesmo diante da inexistência de uma lei específica”, declarou o promotor. “É incabível que qualquer empresa possa erguer uma antena onde bem queira, próximo a uma escola, provocando o aquecimento do local, sem falar no risco para as pessoas que usam marcapasso”, reclamou Juraci da Silva, moradora.