Cidades
Protesto contra aumento p�ra tr�nsito

| FÁTIMA ALMEIDA Repórter O trânsito em Maceió ficou inviável em alguns trechos durante a manhã de ontem. De um lado, uma passeata de estudantes em mais um protesto contra o aumento da passagem, em vigor desde a última quarta-feira, fechou a Avenida Fernandes Lima e bloqueou o acesso ao Centro pela Moreira e Silva durante quase duas horas. Do outro, uma manifestação contra a violência, organizada por amigos e familiares do estudante Guilherme Cabral, saiu da Praça Deodoro e fechou o acesso pela Rua do Sol durante cerca de meia hora (leia mais na A-14). A manifestação dos estudantes saiu do Centro de Educação e Pesquisas Aplicadas (Cepa), no Farol, por volta das 9 horas, provocando congestionamento em outras vias, como a Leste-Oeste e a Ladeira Geraldo Melo. É uma reivindicação justa, mas não resolve. A passagem já foi aumentada, dizia a dona-de-casa Zenilda Maia, 52. A bancária Andréia de Paula chegou atrasada ao trabalho. Levamos 40 minutos até a Centenário, pela Fernandes Lima. Lá, tivemos que descer do ônibus e completar o percurso a pé, protestava. A aposentada Maria Helena Almeida, 79, também reclamou depois de descer a ladeira a pé. O prefeito não merece isso. A passagem ia ser R$ 1,70, ele baixou para R$ 1,60, e esse pessoal ainda quer moleza!. Dona Maria Helena chegou a usar o microfone a serviço da manifestação, mas foi vaiada e teve a palavra cassada quando começou expressar sua opinião contrária ao protesto. Só no início da tarde, com a dispersão dos estudantes, o trânsito voltou ao normal. Os estudantes cobraram, mais uma vez, uma reunião com o prefeito Cícero Almeida (PTB) para discutir itens referentes ao transporte coletivo. Desta vez eles não conseguiram ocupar o hall de entrada do prédio. Os portões foram fechados antes de a passeata chegar e a segurança foi reforçada. A pauta do movimento é o passe livre subsidiado pelos governos federal, estadual e municipal, para estudantes de todos os níveis, inclusive os de cursinhos pré-vestibular; licitação pública no sistema de transporte coletivo; tarifa social para desempregado; e a reabertura da discussão sobre a tarifa de R$ 1,45, que vigorou até o início da semana, mas se encontra sub judice desde que foi implantada, no início do ano.