Cidades
Depredadores s�o identificados

Os estudantes e trabalhadores sem-terra que participaram da depredação ao prédio da Prefeitura de Maceió, na quinta-feira, estão sendo identificados por meio de fotos pelo serviço de inteligência do município, para que a prefeitura entre com um processo na Justiça por danos ao patrimônio publico. Ontem, técnicos do setor de patrimônio da prefeitura começaram a fazer o levantamento dos estragos provocados pelos estudantes e sem-terra. Eles derrubaram uma pilastra do portão lateral da prefeitura, quebraram vidraças do gabinete do prefeito e danificaram dois carros de funcionários da prefeitura: de um segurança do prefeito Cícero Almeida e da chefe do Cerimonial. Os dois prestaram queixa contra o movimento estudantil na Delegacia do 1º Distrito. A segurança do prédio foi reforçada por mais 18 guardas municipais. Segundo o secretário de Comunicação, Marcelo Firmino, na hora do tumulto cerca de 10 guardas municipais faziam a segurança apenas da parte da frente do prédio. Os manifestantes agiram pela lateral. O secretário afirmou que como o prédio da prefeitura é tombado pelo Patrimônio Histórico, o trabalho de restauração deve demorar. Ele voltou a fazer críticas à Polícia Militar (PM), que não teria agido para conter a ação dos manifestantes. Ele disse que um dos quatro oficiais do Centro de Gerenciamento de Crises da PM, que acompanhavam a passeata dos estudantes, informou que acionou o Batalhão de Operações Especiais (Bope), mas a ordem do governo foi para que eles não deixassem os postos. Mas reconheceu que houve falhas também da Guarda Civil Municipal, que foi acionada para reforçar a segurança do prédio e não chegou a tempo. O secretário do Gabinete Militar do governo do Estado, coronel Cícero Tenório Padilha, informou ontem que existem 11 policiais militares à disposição da assessoria militar do prefeito Cícero Almeida e mais cinco policiais civis. Esses policiais estão à disposição da prefeitura para garantir a segurança do prefeito e do patrimônio público, adiantou. Ele adiantou, ainda, que recebeu apenas um telefonema da chefe do Cerimonial da Prefeitura, Fátima Brêda, depois que o prédio já havia sido depredado. No mesmo instante, entrei em contato com o comandante da Polícia Militar para que fosse enviada uma guarnição para o local. Uma das coordenadoras do MST, Débora Nunes, negou ontem que integrantes do sem-terra tenham participado da depredação do prédio da prefeitura. Segundo ela, os trabalhadores sem-terra foram apenas prestar solidariedade aos estudantes, entendendo que é importante a integração das lutas do campo com a cidade. |FA