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Nº 5822
Cidades

Capitania faz alerta para acidentes em mares e lagoas

| BLEINE OLIVEIRA Repórter Quando mal utilizadas, ou dirigidas por pessoas inabilitadas ou embriagadas, as embarcações do tipo lanchas, jangadas e jet skis são causadoras de acidentes. Há exemplos como o do navegador Lars Grael e da professora Andréa

Por | Edição do dia 11/12/2005 - Matéria atualizada em 11/12/2005 às 00h00

| BLEINE OLIVEIRA Repórter Quando mal utilizadas, ou dirigidas por pessoas inabilitadas ou embriagadas, as embarcações do tipo lanchas, jangadas e jet skis são causadoras de acidentes. Há exemplos como o do navegador Lars Grael e da professora Andréa Salgado, do Rio de Janeiro, que perdeu as duas pernas, que comprovam como o desrespeito às normas marítimas e o mau uso da embarcação podem resultar em tragédia. Há pouco mais de um mês, na conhecida Prainha, no povoado de Barra Nova, em Marechal Deodoro, um homem não conseguiu controlar o jet ski, que avançou desgovernado para a areia, atingindo uma barraca. Por pouco um casal que estava no local do acidente não foi atingido. Esse caso e a disposição de evitar tragédias como as que já ocorreram em outros Estados levaram a Capitania dos Portos de Alagoas a antecipar a Operação Verão, que normalmente ocorre em janeiro. O comandante dos Portos, Gérson Luiz Rodrigues Silva, disse que a operação tem caráter educativo, mas a Capitania vai agir com rigor nos casos em que comprovar negligência ou desrespeito às normas. Nesta segunda-feira, 12, haverá uma reunião com os comodoros (responsáveis por iates e marinas) e proprietários de embarcações para informá-los sobre as exigências da lei. A preocupação da Capitania é com a possibilidade de ocorrerem acidentes graves e até com vítimas fatais. Com as férias aumenta o número de embarcações e também o risco de acidentes. ### Veículos aquáticos fazem vítimas em AL O jornalista Esdras Gomes sabe bem o que significa um acidente provocado por veículos aquáticos. Há cerca de 10 anos, seu filho teve o braço quase decepado por uma lancha do tipo janga, no mar da Barra de São Miguel. Até hoje Esdras lembra o tormento de sua família ao ver o filho, então com 10 anos, ensanguentado, gritando desesperado enquanto segurava o próprio braço. Diante da tragédia que, naquele momento, atingiu sua família, o jornalista é duro ao analisar o trabalho dos órgãos de proteção marítima. “Acho que a fiscalização é falha. Ainda hoje tem muitas vítimas de novos-ricos irresponsáveis, que invadem as praias para se exibir”, afirma ele. Na sua crítica, Esdras diz que em qualquer trecho das lagoas, principalmente na Prainha, no povoado de Barra Nova, são rotineiros os exemplos de desrespeito à legislação e de ameaça aos banhistas. Isso ocorre, opina o jornalista, pela ausência das autoridades responsáveis pelo disciplinamento e fiscalização dessa modalidade de lazer. “Falta também punição para os responsáveis por acidentes” - reclama ele, lembrando que o homem que atropelou seu filho não foi punido. Hoje o filho de Esdras é um jovem tranquilo, superou o trauma do acidente, mas prefere não falar sobre o assunto e não ser fotografado. “Vivemos momentos de horror, graças a Deus superados”, afirma o jornalista. EmbriaguEZ Tudo, acrescenta ele, conseqüência da irresponsabilidade de uma pessoa que dirigia embriagada. “Praticamente em todos os acidentes o condutor ingeriu bebida alcóolica antes de atropelar um banhista”, diz, categórico, o pai de uma vítima. O capitão dos Portos, Gérson Luiz Rodrigues Silva, diz que a Capitania vai conscientizar principalmente os donos de embarcações particulares, sobre os danos que um acidente com ou sem vítimas pode provocar. “São pessoas que usam a embarcação apenas nas férias. Não têm habilitação, descumprem as normas de segurança”, diz o capitão, revelando que boa parte das pessoas vem de fora. Todo cidadão, orienta ele, deve anotar o número de registro que fica do lado da embarcação e informar à Capitania. O telefone para orientação e denúncia é o 3336-4005. BL

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