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Nº 5899
Cidades

Alagoas d� Sorte tenta liberar sorteios

| MARCOS RODRIGUES Repórter A coordenação do Alagoas Dá Sorte aguarda o retorno das atividades da Justiça, no próximo dia 9, para tentar reverter a suspensão de suas atividades no Estado. A suspensão foi determinada pelo juiz da 4ª Vara Federal Sebastiã

Por | Edição do dia 04/01/2006 - Matéria atualizada em 04/01/2006 às 00h00

| MARCOS RODRIGUES Repórter A coordenação do Alagoas Dá Sorte aguarda o retorno das atividades da Justiça, no próximo dia 9, para tentar reverter a suspensão de suas atividades no Estado. A suspensão foi determinada pelo juiz da 4ª Vara Federal Sebastião Vasques, no último dia 21 de dezembro, em cumprimento a uma ação da Advocacia Geral da União (AGU) contra as empresas de bingos, loterias eletrônicas, máquinas caça-níqueis e similares. A expectativa do gerente comercial do Alagoas Dá Sorte Mário Pena é de que a Justiça julgue, imediatamente após o reinício das atividades, o pedido de reconsideração da notificação do juiz, liberando o sorteio que deveria ter sido realizado no dia 22 de dezembro. “Queremos que pelo menos esse seja liberado, antes da decisão final, porque já havíamos vendido todas as cartelas. Pedimos a compreensão e paciência à população de Alagoas, que é nossa maior parceira”, enfatiza Mário Pena. Com a suspensão, aproximadamente sete mil pessoas ligadas direta ou indiretamente à organização dos sorteios ficaram sem trabalho. Ontem, o proprietário da empresa, Hermes Pascoal, esteve em Maceió. Ele se reuniu com fornecedores e prestadores de serviço para explicar a posição oficial da empresa diante da suspensão. A sede da empresa que representa a marca é do Recife e está em Alagoas há quatro anos. O Departamento Jurídico do Alagoas Dá Sorte também deu entrada na 5ª Região do Tribunal Regional Federal, em Pernambuco, com um agravo de instrumento contra a ação da AGU. Mário Pena explica que a loteria alagoana não se encaixa em nenhuma das situações apontadas na ação como irregular. “Nós somos uma loteria de prognósticos, não usamos nenhum equipamento eletrônico e funcionamos com base numa lei estadual. Não fazemos parte do universo considerado irregular na ação criminal”. ### Quatro mil vendedores de cartela perderam a renda A retirada dos programas do sorteio do Alagoas dá Sorte pegou de surpresa quem dependia da venda das cartelas. Ao todo 4 mil vendedores deixaram de faturar nas últimas semanas. Em quatro anos de atuação, a organização montou uma rede com sete mil pontos fixos de venda e premiou mais de 2,5 mil pessoas. Uma das prejudicadas com a suspensão é a vendedora Jandira Bezerra da Silva, 62. Com um ponto fixo na Praça 13 de Maio, no Poço, ela e a filha juntas chegavam a vender 400 cartelas por semana. Para isso, ela também percorria a pé todo o bairro. “Conseguia tirar uma boa quantia em dinheiro que dava para manter a casa. Agora estou dependendo da ajuda dos amigos e de alguns lanches, apontamentos de jogo do bicho e pipocas que vendo”, revelou Jandira com ar triste. Ela confia na reversão da decisão da justiça. Mas não compreende porque um jogo que paga os prêmios corretamente possa ser suspenso. “Oito pessoas já ganharam depois de comprar a cartela comigo. Todas receberam a premiação. Nunca ouvi falar de problemas”, disse Jandira. Ela disse ainda que os clientes também estão cobrando o retorno dos sorteios, porque para muitos arriscar a sorte já havia se tornado uma diversão. |MR

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