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Nº 5759
Cidades

Aterro sanit�rio enfrenta rea��o popular

| BLEINE OLIVEIRA Repórter A audiência pública que a Prefeitura de Maceió realiza amanhã, às 11h, no auditório do Espaço Cultural (antiga Reitoria da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é a primeira de uma série que deverá ocorrer até a definição do

Por | Edição do dia 05/01/2006 - Matéria atualizada em 05/01/2006 às 00h00

| BLEINE OLIVEIRA Repórter A audiência pública que a Prefeitura de Maceió realiza amanhã, às 11h, no auditório do Espaço Cultural (antiga Reitoria da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é a primeira de uma série que deverá ocorrer até a definição do local para implantação do aterro sanitário da capital. A audiência será também palco de acirrados debates diante da polêmica que a questão provoca. Reunidos ontem à noite, numa assembléia comunitária, moradores do conjunto Benedito Bentes I e adjacências decidiram se posicionar contrários à implantação do aterro naquela região do Tabuleiro. Das 11 regiões sugeridas num estudo feito por especialistas da Ufal, sete estão no entorno do Benedito Bentes. O secretário municipal de Proteção Ambiental, Ricardo Ramalho, disse que no momento só há uma certeza: o aterro será implantado em Maceió. Reação popular Descartado o consórcio com as prefeituras de Marechal Deodoro, Satuba, Santa Luzia do Norte e Coqueiro Seco para criação de um aterro comum, numa das outras quatro áreas sugeridas, a atual administração tem agora que enfrentar a reação popular. “Não vamos aceitar o aterro numa área de proteção ambiental”, reage o prefeito comunitário do Benedito Bentes, Silvânio Barbosa. Nascentes Ele lidera um movimento para que o substituto do lixão de Mangabeiras não seja implantado na área 9, como definiu o estudo técnico da Ufal. Nessa área estão, segundo Silvânio, nascentes de diversos rios, entre eles alguns que não sofreram os danos da poluição. Preocupado com o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado pela prefeitura com o Ministério Público Federal, o secretário Ricardo Ramalho diz que a atual administração tem cerca de um ano para solucionar o problema do lixão. “São muitos os problemas que teremos até que o aterro comece a operar”, afirma ele, citando, como exemplo, a inserção social dos catadores de lixo e a recuperação da área de Mangabeiras onde está o lixão. O ambientalista Anivaldo Miranda, ex-secretário de Proteção Ambiental, diz que em qualquer local escolhido haverá polêmica. “Como o aterro terá que ser implantado, é preciso dar garantias à população de que não trará prejuízos”. Miranda sugere o diálogo permanente entre prefeitura e Estado para evitar um conflito de competência. A proposta dos ambientalistas, revela Miranda, é que a Secretaria Municipal (Sempma) e o Instituto do Meio Ambiente (IMA) façam um estudo conjunto a ser analisado pelo Conselho Estadual de Proteção Ambiental (Cepram).

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