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Nº 5759
Cidades

Morador empareda audi�ncia p�blica

BLEINE OLIVEIRA Repórter A discussão acirrada, e em alguns momentos exaltada, entre moradores dos conjuntos da região do Benedito Bentes, marcou, ontem, a primeira audiência pública de apresentação do projeto do Aterro Sanitário de Maceió. Trazido

Por | Edição do dia 07/01/2006 - Matéria atualizada em 07/01/2006 às 00h00

BLEINE OLIVEIRA Repórter A discussão acirrada, e em alguns momentos exaltada, entre moradores dos conjuntos da região do Benedito Bentes, marcou, ontem, a primeira audiência pública de apresentação do projeto do Aterro Sanitário de Maceió. Trazidos em caravana pela prefeitura comunitária, os moradores praticamente ocuparam todos os lugares no auditório do Espaço Cultural da Ufal, na Praça Sinimbu, no Centro, manifestando total insatisfação com a escolha da localidade como área do aterro. Em várias ocasiões os técnicos da empresa UFC Engenheiria, contratada pela Prefeitura de Maceió para desenvolver o projeto, foram interrompidos pelos manifestantes e suas lideranças. “Eles estão mentindo, tentando nos enganar”, gritava o prefeito comunitário do Benedito Bentes, Silvânio Barbosa, uma das principais lideranças a se colocarem contrárias aos três locais apontados como adequados à implantação do Aterro Sanitário. As três áreas apontadas no estudo da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) estão localizadas no entorno daquele complexo habitacional. Além de reclamar que ali estão áreas de preservação e bacias hidrográficas, os moradores apontam o tráfego de caminhões coletores de lixo e a emissão de gases poluentes como motivos para se oporem ao projeto. Vai fazer Como tem prazo para implantar o projeto, estabelecido num Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que assinou no Ministério Público Federal, a prefeitura busca meios de superar a oposição dos moradores do conjunto. “O caminho é o esclarecimento”, diz o secretário municipal de Proteção ao Meio Ambiente, Ricardo Ramalho. Ele reconhece como natural a reação popular, mas garante que o projeto é seguro e não trará riscos de poluir a região. O secretário nega que o local sugerido seja área de proteção ambiental ou de bacia hidrográfica. Apesar da reação, a Prefeitura de Maceió está decidida a resolver o problema do lixão de Mangabeiras, afirma o superintendente municipal de Limpeza Urbana, João Vilela. Por isso vai continuar a executar todas as fases previstas que, além da definição do local, incluem a inserção social dos catadores, a conscientização da sociedade para entrega voluntária e recuperação da área degradada de Mangabeiras. “Assumimos a responsabilidade e vamos adotar todas as medidas legais e técnicas para resolver o problema do lixo”, afirmou João Vilela, durante a audiência pública de ontem. O projeto do aterro será agora submetido ao Conselho Municipal de Proteção Ambiental. Estão previstas mais duas ou três audiências públicas.

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