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Nº 5759
Cidades

Flores revitalizam a agroind�stria e mudam h�bitos

| AGÊNCIA SEBRAE Alagoas conta com uma produção de flores tropicais que a cada ano ganha mais espaço nos mercados nacional e internacional. Abastece outros estados e exporta até mesmo para a Holanda, maior produtor mundial de flores, além de Portugal, It

Por | Edição do dia 08/01/2006 - Matéria atualizada em 08/01/2006 às 00h00

| AGÊNCIA SEBRAE Alagoas conta com uma produção de flores tropicais que a cada ano ganha mais espaço nos mercados nacional e internacional. Abastece outros estados e exporta até mesmo para a Holanda, maior produtor mundial de flores, além de Portugal, Itália, França e Grécia. Mais recentemente enviou uma remessa para Cabo Verde, na África. Essas exportações revitalizaram a agroindústria no Estado, anteriormente concentrada na lavoura da cana-de-açúcar e na pecuária de corte. Tudo começou no final dos anos 90, quando cinco mulheres de classe média decidiram procurar o Sebrae para obter orientações sobre como conduzir negócios com flores tropicais. Após inúmeras capacitações gerenciais e uso de tecnologias apropriadas, as floricultoras de Alagoas tiveram um resultado surpreendente: a área do cultivo de flores no Estado cresceu impressionantemente nos últimos cinco anos, de apenas 5 para 183 hectares. “Os consultores nos ajudam a buscar a tendência do mercado e a orientar nossa produção. Sei que estamos no caminho certo”, afirma Maria Inês Assunção, presidente da Cooperativa de Floricultores do Estado, a Comflora. O Estado conta, ainda, com duas associações de floricultores - Afloral e Viflora. Os números confirmam o sucesso. As vendas externas de flores tropicais registraram aumento de 300%, de janeiro a abril de 2005, em comparação ao mesmo período de 2004. O Estado é o maior produtor nordestino, com cerca de 10 milhões de hastes por ano. A conquista de novos mercados conta também com a ajuda do Sebrae, que desenvolve com os empresários locais o Projeto Flores Tropicais de Alagoas. Os setores envolvidos atuam na implantação de um cadastro de produtores e uniformização dos sistemas de produção. Atualmente, o aumento das exportações só é estrangulado por falhas na oferta e regularidade dos vôos. O mais interessante é que o hábito de ofertar flores também caiu no gosto da população local. Por isso, alpínias, helicônias e antúrios, cada vez mais, são consumidas no próprio Estado. “Hoje é comum ver arranjos de flores tropicais nos casamentos, que antes só tinham arranjos de flores temperadas”, aponta Manoel Ramalho, gestor estadual do projeto de floricultura. Outras parcerias importantes das floricultoras são as firmadas com a Universidade Federal de Alagoas e com a Escola Agrotécnica Federal de Satuba. O incremento de novas tecnologias é outra meta para o aperfeiçoamento de embalagens e utensílios, além da realização de pesquisas nas áreas de irrigação, adubação, combate às pragas e comercialização. O trabalho é monitorado pelo Sistema de Gestão Orientada para Resultados (Sigeor). Trata-se de um sistema de monitoramento e avaliação de resultados, desenvolvido pelo Sistema Sebrae, em fase de implantação em todo o País, por meio de projetos piloto em setores como agronegócios, turismo, serviços e artesanato.

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