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Nº 2
Cidades

MP denuncia orgia sexual com crian�as

MAIKEL MARQUES Repórter Arapiraca - A decisão de uma tia de denunciar a história do sobrinho de 14 anos, surpreendido em plena madrugada com sintomas de embriaguez e o corpo coberto de esperma, permitiu ao promotor Luiz Tenório Oliveira a desc

Por | Edição do dia 12/01/2006 - Matéria atualizada em 12/01/2006 às 00h00

MAIKEL MARQUES Repórter Arapiraca - A decisão de uma tia de denunciar a história do sobrinho de 14 anos, surpreendido em plena madrugada com sintomas de embriaguez e o corpo coberto de esperma, permitiu ao promotor Luiz Tenório Oliveira a descoberta de uma casa onde o pedreiro Levi Cordeiro de Souza, 54, e o amigo Edgilson Vieira Silva, 20, mantinham relações sexuais com um grupo de sete garotos com idades entre 13 e 15 anos desde 2002. Regada à cachaça, vodka e uísque, a orgia sexual tinha como cenário uma casa “acima de qualquer suspeita” no bairro da Camoxinga, em Santana do Ipanema. Além de praticar sexo - passivo e ativo - com os menores, Levi e Edgilson também são acusados pelo Ministério Público (MP) de incentivar a prática sexual entre os garotos. Ao receber a denúncia da tia de uma das vítimas, o promotor Luiz Tenório Oliveira decidiu colher o depoimento do garoto C.G.L.J, de apenas 13 anos. Ele confessou estar “viciado” em bebida alcoólica e “sexo ativo e passivo” com o pedreiro Levi, que lhe pagaria entre um e quatro reais por cada visita. “O garoto confirmou que ele e outros cinco amigos praticavam sexo com os dois acusados. Eles também eram incentivados por Levi e Edgilson a praticar sexo entre si”, denunciou o promotor Luiz Tenório Oliveira. Ainda de acordo com o promotor, os garotos são de origem humilde e freqüentavam o imóvel dos acusados depois das 22 horas. Diante da denúncia, o juiz André Luiz Tenório Cavalcante expediu mandado de busca e apreensão na casa dos acusados, que foram encontrados pela equipe da Polícia Civil em companhia de dois menores: W.N (14) e J.F.S.A (14). De acordo com a delegada Rebeca de Paula Cordeiro, no momento da prisão não houve flagrante de crime sexual. Levi e o amigo Edgilson Vieira Silva foram encaminhados à carceragem do Fórum de Santana, onde prestaram depoimento e confirmaram a versão dos garotos vítimas da exploração sexual. “De acordo com os depoimentos, os dois acusados costumavam se masturbar em cima dos menores enquanto eles dormiam”, revela o promotor Luiz Tenório Oliveira. Viciado nas orgias, outro menor de 14 anos conseguia dinheiro com familiares para patrocinar a bebida das farras em que era “embriagado e sodomizado”. Ontem pela manhã, o juiz Galdino José Amorim decretou a prisão temporária dos acusados de cometer três crimes: corrupção de menores, fornecimento de bebida alcoólica a pessoa menor de idade, e submissão de criança e adolescente à exploração sexual. Se condenados pelos três crimes os acusados podem pegar entre um e 10 anos de detenção. Diante da repercussão da história, a reportagem da Gazeta apurou que nenhum dos advogados da cidade queria, até ontem à noite, atuar na defesa dos dois acusados. Os aliciadores teriam promovido a última sessão sexual na tarde de domingo, depois de reunir os garotos para um almoço com lasanha e refrigerante. Levi e Edgilson foram transferidos ontem para uma das celas da delegacia de Santana do Ipanema. Até ontem à noite, a delegada Rebeca de Paula Cordeiro não tinha recebido oficialmente solicitação da Justiça para apurar o caso. “Preciso inclusive de representação dos pais das vítimas. É um caso delicado. Envolve menores que precisam de certa discrição para que não sejam prejudicados nos seus direitos de cidadãos”, justificou a delegada. Os acusados devem ser transferidos para um presídio de Maceió. Por medida de segurança, o MP optou por não divulgar o destino de Levi e Edgilson.

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