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Nº 5759
Cidades

Im�vel para alugar por temporada est� dif�cil at� carnaval

| FÁTIMA ALMEIDA Repórter Falta mais de um mês para o carnaval chegar, mas encontrar casas para alugar por temporada nas cidades litorâneas mais badaladas deste verão, como a Barra de São Miguel e Francês, está se tornando uma tarefa difícil. Por causa

Por | Edição do dia 22/01/2006 - Matéria atualizada em 22/01/2006 às 00h00

| FÁTIMA ALMEIDA Repórter Falta mais de um mês para o carnaval chegar, mas encontrar casas para alugar por temporada nas cidades litorâneas mais badaladas deste verão, como a Barra de São Miguel e Francês, está se tornando uma tarefa difícil. Por causa da grande procura, as que ainda se encontram disponíveis estão com os preços além das possibilidades do orçamento da maioria dos foliões. A diária de uma casa mobiliada e com piscina à beira-mar varia entre R$ 700 e R$ 1.200. Em casas mais simples, sem piscina e mais distantes da praia, as diárias variam entre R$ 60 e R$ 150. Alguns proprietários de imóveis estão também fazendo pacotes específicos para os cinco dias de carnaval que, dependendo do conforto da casa, podem chegar a R$ 5 mil. 60 mil pessoas A Prefeitura de Barra de São Miguel estima que cerca de 60 mil pessoas vão passar o carnaval na cidade. Só neste verão, cerca de 35 mil turistas visitam a cidade. Com os hotéis e pousadas lotados, muitos turistas vindos de todo o País e do exterior, sem contar um grande número de nativos, têm optado pelo aluguel de casas. Essa opção é feita principalmente por famílias com grande número de pessoas e que viajam de carro. anúncio de jornal A dentista Joedy Santa Rosa alugou uma casa para temporada de 15 dias, a R$ 100 a diária, no Loteamento Barra Mar, na Barra de São Miguel. Ela disse que encontrou a casa por meio de um anúncio no jornal. Apesar de pagar R$ 1.500 por 15 dias, ela não considerou caro o valor da diária cobrada. “Acho mais vantagem alugar uma casa por temporada durante o carnaval do que ter uma própria”, afirma ela. Apesar de não ter piscina, a casa é espaçosa: tem quatro quartos e três banheiros, suficiente para abrigar os 10 hóspedes - a maioria crianças e adolescentes - além de agregados que aparecem no fim de semana. Joedy acredita que devido à grande oferta de imóveis na Barra, não é difícil encontrar imóveis para alugar por temporada, mesmo na alta temporada de verão. Ela disse que não pretende passar o carnaval na cidade. “Vamos viajar para outro local”, explicou. hotéis e pOusadas Encontrar vagas nos hotéis e pousadas da Barra de São Miguel para o período de carnaval também não vai ser nada fácil para quem deixar para fazer reservas na última hora. O empresário José Beppe Guedes de Luna, dono da Pousada da Lua, não tem do que reclamar sobre a ocupação nesta temporada e também para o carnaval. Dos 18 apartamentos da pousada, apenas um ainda está vago para o carnaval, porque houve uma desistência. “Noventa por cento das pousadas estão nesta situação”. O pacote para seis dias está custando R$ 1.300, no quarto duplo; R$ 1.600 para o triplo e R$ 1.900 o quádruplo. ### Alta estação deixa a Barra saturada De acordo com o empresário José Beppe Guedes, dono da Pousada da Lua, as pessoas costumam fazer reservas para a alta temporada de verão ainda nos meses de julho e agosto. A maior parte dos hóspedes para o carnaval é de Sergipe, Bahia e Pernambuco. “Geralmente, família com grande número de pessoas prefere ficar em casa, para poder fazer um churrasco e ficar mais à vontade”. BOA TEMPORADA Apesar da boa temporada, Beppe disse que os turistas ainda reclamam muito da falta de estrutura da cidade. Segundo ele, há constantes problemas de falta de água e energia na Barra de São MIguel. “Isso atormenta os donos de hotéis. Temos aqui uma reserva técnica de 30 mil litros de água, que só dá para um dia”, afirma o proprietário da pousada. Reclamações A principal reclamação dos turistas é em relação aos serviços como de bares e restaurantes. Beppe disse que os visitantes reclamam da precariedade no atendimento desses bares, onde falta até sanitários. Beppe acrescenta que não existe ainda um bom restaurante na cidade, apenas bares. O único deles fica no complexo Villa Niquin, que só vem funcionando durante o verão e, mesmo assim, abre às 15 horas. “Eu faço um apelo aos empresários do Villa Ninquin para que permaneçam abertos permanentemente”. Beppe enfatiza que é preciso tornar a Barra de São Miguel um destino turístico durante todo o ano. Para isso, a cidade precisa se estruturar. Um exemplo dessa falta de estrutura, e que gera muitas reclamações dos turistas, é que não há sequer um banco 24 horas na cidade. Outro item que merece atenção é a segurança, que essa semana - depois do assalto à casa de um juiz goiano, que passava férias na Barra - recebeu um reforço de mais 20 policiais. ### Reserva no Francês tem início em junho Na Praia do Francês, apesar das placas de aluga-se nos imóveis, também não é fácil encontrar algum disponível para o carnaval, e até mesmo na atual temporada de verão. A mobilidade do Francês, que fica a menos de 30 minutos de Maceió, faz com que a população fixa de turistas seja dividida com a própria capital. Os turistas passam o dia nas praias do balneário e voltam para Maceió no final da tarde. DÚPLEX O proprietário de um conjunto de apartamentos dúplex, Jiumar Chaves, disse que desde dezembro as pessoas começaram a fazer reservas para o carnaval. Os apartamentos com dois quartos, todos mobiliados, custam em média R$ 1.200, no pacote que inclui de sexta-feira de carnaval até a Quarta-feira de Cinzas. Para evitar prejuízos, Jiumar utiliza o sistema de reserva antecipada, com pagamento de 50% do valor do aluguel. Segundo ele, a maioria das pessoass que alugam casas para passar o carnaval no Francês é de Aracaju e do interior de Pernambuco. Litoral Norte As praias do Litoral Norte, como Paripueira e Barra de Santo Antônio, também são bastante procuradas pelos maceioenses e turistas para passar o carnaval. Como não são tão badaladas como Barra de São Miguel e Francês, ainda é possível encontrar várias casas para aluguel por temporada ainda disponíveis. Mas os preços dos aluguéis também são um pouco salgados, para o carnaval, devido à grande procura. Em Paripueira, uma casa com piscina, sete quartos, cascata e salão de festas pode ser alugda por R$ 200 a diária. Mas é possível encontrar casas com diárias de até R$ 60,00 por cinco dias, em qualquer ponto da cidade, até mesmo na orla de Paripueira. Em Garça Torta, o aluguel, por oito dias, de uma casa com cinco quartos pode custar até R$ 4 mil. |FAS ### Cidades litorâneas sujas afastam turistas Não são apenas a superlotação dos balneários, a insegurança e a falta de infra-estrutura que estão afastando os turistas. No município de Paripueira, a quantidade de lixo espalhada pelas ruas e até na areia da praia vem afugentando os turistas e até mesmo os nativos que têm casa de veraneio na cidade. O paulista Jorge Tuffi instalou há nove anos um restaurante na beira da praia. Mas, em plena alta temporada de verão, o movimento do restaurante deixa a desejar, pois a praia tem saído do roteiro da maioria das agências de viagens, ao contrário de São Miguel e Gunga, que se tornaram o “point” do verão este ano e foram invadidas pelos turistas de todo o País. Em Paripueira encontrar carros de turistas de outros estados na praia é uma raridade. E os que aparecem se decepcionam com a falta de estrutura da cidade. Jorge Tuffi atribui essa situação ao abandono da cidade. “A cidade está entregue às baratas e aos ratos”, queixa-se Jorge. Apesar de ser um dos poucos a colocar uma lixeira em frente ao restaurante, ele disse que não adianta muito coisa, pois a coleta do lixo pela prefeitura demora até 15 dias para ser feita. Jorge reclama também de uma vala que foi feita pela prefeitura para escoar a água da chuva da parte alta da cidade para a praia. A vala ficou aberta e hoje serve de depósito de lixo para algumas pessoas. “Eu comprei 10 manilhas de cimento para ajudar a prefeitura a resolver o problema da vala, e até agora o serviço não foi feito”. O aposentado Laur Teixeira de Menezes, de Pelotas, no Rio Grande do Sul, também não poupou críticas à falta de cuidado com a limpeza em Paripueira. Até mesmo passando pela Rodovia AL-101 Norte é fácil comprovar os motivos das críticas do turista gaúcho. Vários terrenos baldios estão tomados por entulhos e sacos de lixo. Os moradores da cidade também não estão nada satisfeitos com a situação. Mas preferem se manter calados diante da situação. Laur Teixeira disse que é preciso fazer uma campanha para melhorar a higiene das cidades alagoanas, inclusive Maceió. O aposentado, que já visitou praticamente todo o Brasil de carro, diz que nenhum litoral do País se compara em beleza ao de Alagoas. A reportagem da Gazeta tentou manter contato com o prefeito de Paripueira, Henrique Manso, mas eles não se encontrava na cidade. FAS

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