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Nº 5759
Cidades

Material escolar pode variar at� 2.000%, diz Procon

CARLA SERQUEIRA Repórter Para quem não pesquisa preços, resta apenas o prejuízo. O Procon de Alagoas divulgou ontem a “Pesquisa de Material Escolar 2006” e constatou variações de mais de 2.000% no valor de um mesmo produto. Foram comparados os pre

Por | Edição do dia 26/01/2006 - Matéria atualizada em 26/01/2006 às 00h00

CARLA SERQUEIRA Repórter Para quem não pesquisa preços, resta apenas o prejuízo. O Procon de Alagoas divulgou ontem a “Pesquisa de Material Escolar 2006” e constatou variações de mais de 2.000% no valor de um mesmo produto. Foram comparados os preços de 52 itens solicitados pelas escolas em nove estabelecimentos de Maceió. A disparidade é tão grande que um metro de papel adesivo, por exemplo, pode custar R$ 0,20 em uma loja e R$ 4,30 em outra (confira tabela de preços abaixo). Para a diretora do Procon/AL, Wedna Miranda, a pesquisa realizada só comprova a necessidade de o consumidor, antes de efetuar a compra, avaliar as ofertas no maior número de lojas que puder. “Como não existe tabela de preços para estes produtos, é fundamental pesquisar. As variações são significativas e podem resultar em grandes prejuízos para quem não faz a comparação”, afirma. O item que apresentou maior diferença de preços foi o jogo pedagógico. De acordo com a pesquisa divulgada pelo Procon, a variação chegou a 2.226%. O menor preço encontrado foi R$ 1,29 e o maior, R$ 30. Já o produto que registrou a menor variação foi a pasta polionda grossa, que ficou entre R$ 2 e R$ 2,50. A fita adesiva larga foi o segundo produto com menor variação. O preço está entre R$ 1,97 e R$ 2,50. Wedna Miranda explicou que os produtos derivados de celulose, como os cadernos, tiveram queda de preço significativa. “Quando a matéria-prima do produto sofre desvalorização no mercado, os preços tendem a baixar. Foi o que aconteceu com o papel ano passado”. Um exemplo é o caderno de capa dura de 10 matérias. Em 2005 ele era vendido, em média, por R$ 7; hoje o mesmo caderno pode ser encontrado por R$ 4,90. “Ao todo, 10 itens sofreram deflação entre 0,11% e 53,54%”, disse Wedna Miranda, ao avaliar que a queda do dólar também contribuiu para a deflação registrada pelo Procon/AL. A pesquisa foi realizada em 15 dias durante este mês e é a 9ª elaborada pelo Procon referente a materiais escolares. O resultado está disponível na íntegra no site www.procon.al.gov.br, inclusive com os preços ao lado dos nomes das empresas pesquisadas. ### Forma de pagamento fala mais alto Apesar das orientações do Procon, parte dos consumidores está mais preocupada com a forma de pagamento do que com a pesquisa de preços. Atenta a isso, Adeilda Viana dos Santos, proprietária de uma papelaria na Rua Barão de Penedo, no Centro, ofereceu aos clientes a oportunidade de parcelar em até 10 vezes as compras. “Todo mundo está endividado no começo do ano. Dividir em mais vezes foi um diferencial que encontramos, já que a maioria das lojas está dividindo em apenas 6 parcelas”, disse ela, ao afirmar que este é um mês “vital” para o ramo. “A gente vende em janeiro para comer o ano todo”, revela. Falta tempo Foi a facilidade no pagamento que atraiu a bancária Gilza Jatobá, mãe de duas crianças, para a papelaria de Adeilda. “Ao todo, vou gastar em torno de R$ 1.000, entre livros e material de papelaria este ano. Em quanto mais parcelas eu puder dividir a conta, melhor para mim”, disse ela, explicando que não tem tempo para fazer pesquisas de preços no Comércio. “Sei que é importante, mas para quem trabalha muito fica inviável sair comparando preços nas lojas”. No mesmo balcão, ao lado de Gilza Jatobá, a cozinheira Simone Cristina Oliveira comprava os últimos itens da lista de material de seus dois filhos. “Pesquisei bastante, antes. Andei muito nas livrarias. Agora é a hora de comprar”, afirmou, ao dizer que são os livros que mais pesam no bolso. “Gastei muito com os livros. Não tem tanta diferença entre uma loja e outra porque são tabelados. Dessa forma, o consumidor não tem escolha, tem que comprar, onde não faz diferença”, observou. Para a diretora do Procon/AL, Wedna Miranda, o fato de o órgão promover a pesquisa entre as lojas estimula a concorrência na cidade e quem sai ganhando com isso são os próprios consumidores. “Os lojistas ficam atentos aos resultados das pesquisas que realizamos e isso é muito bom porque a tendência é o surgimento de promoções naquelas com preços mais altos”, aifrmou, acrescentando que a pesquisa também pode ser vista na sede do Procon, no Centro. |CS

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