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Nº 5904
Cidades

Mudan�a de tr�nsito deixa rua sem �nibus

Os moradores dos conjuntos Parque das Mangueiras, Morada das Árvores e Divaldo Suruagy, no Pinheiro, estão na bronca com a Prefeitura de Maceió, desde que foi implantado o contorno de quadras nas imediações do Centro de Ensino e Pesquisas Aplicadas (Cepa)

Por | Edição do dia 07/02/2006 - Matéria atualizada em 07/02/2006 às 00h00

Os moradores dos conjuntos Parque das Mangueiras, Morada das Árvores e Divaldo Suruagy, no Pinheiro, estão na bronca com a Prefeitura de Maceió, desde que foi implantado o contorno de quadras nas imediações do Centro de Ensino e Pesquisas Aplicadas (Cepa). Com as mudanças no trânsito, eles reclamam que estão tendo de andar cerca de um quilômetro para pegar um ônibus. Os comerciantes reforçam a reclamação, queixando-se de prejuízos devido à queda do movimento. Um depósito que funcionava na Rua Estatístico Teixeira de Freitas, percurso mais usual de quem entrava para o Pinheiro e o Sanatório, e por onde passavam as linhas de ônibus, já fechou as portas. Uma panificação vizinha também amarga os prejuízos devido à falta de movimento. Já reduziu a produção, demitiu funcionários, e os donos já pensaram até em fechar as portas. “Isso aqui era cheio. As pessoas desciam no ponto de ônibus e vinham comprar, e os carros que passavam também paravam. Agora, nossa clientela está resumida à vizinhança”, diz Rosineire de Freitas, filha do proprietário. Segundo ela, a panificação teve que ser adaptada à nova realidade. Está tentando reforçar a freguesia com a venda de salgadinhos, mas a situação ficou muito difícil. “Passou a sobrar muito pão. Tivemos de reduzir e diversificar. Meu pai já pensou em fechar”, diz ela. Um hortifruti que funciona na esquina da Estatístico Teixeira de Freitas com a Rua Belo Horizonte também sentiu o impacto e perdeu muitos clientes. Até mesmo o ateliê da costureira Eva Maria de Castro está vivendo dias difíceis. “Não pára mais ninguém. Perdemos até fregueses antigos”, diz ela. Antes do contorno de quadras, os ônibus Gruta-Iguatemi e Sanatório-Centro entravam em frente ao quartel do Exército, pegavam a Estatístico Teixeira de Freitas, cortavam a Belo Horizonte a caminho do Pinheiro. Agora, eles entram na Rua Miguel Palmeira, pegam a Coronel Lima Rocha, passando longe desses conjuntos habitacionais. Os moradores e comerciantes defendem que, pelo menos, os ônibus entrem pela antiga Rua da Conquista. O superintendente municipal de Transporte e Trânsito, Ivan Vilela, estranhou a reclamação, alegando que nunca chegou nenhuma queixa à SMTT. “Só agora, depois de três meses (de inauguração do contorno de quadras), o pessoal está reclamando! É complicado! Até porque, melhorou para muita gente”, diz ele. Ele prometeu mandar técnicos da SMTT ao local.

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