Cidades
CRO chama pol�cia para conter charlat�es

Preocupados com a aproximação da eleição e a atitude inescrupulosa de políticos que usam charlatães para fazer atendimentos odontológicos junto à população, representantes do Conselho Regional de Odontologia (CRO) solicitaram a intervenção da Secretaria de Defesa Social para impedir o exercício ilegal da profissão. O secretário Antônio Arecippo se comprometeu em comunicar o fato aos delegados para que enviem policiais para acompanhar as ações de fiscalização empreendidas pelo CRO, na capital e no interior do Estado. Fiscalização ?O secretário pediu a oficialização do pedido para publicação no Diário Oficial e garantiu que vai comunicar aos delegados locais para a liberação de policiais durante as operações, apesar das dificuldades de pessoal?, disse o presidente do Conselho, Roberto Menezes. As operações de fiscalização serão retomadas no início de junho, iniciando pelo município de Arapiraca, onde existem cerca de 40 charlatães atuando, dos quais o CRO já entrou com representações, no Ministério Público Estadual, contra 30. Em todo o Estado, são cerca de 180 pessoas no exercício ilegal da profissão, atividade criminosa conforme o artigo 282, do Código Penal Brasileiro, com penas aplicáveis de seis meses a dois anos de reclusão. A periferia de Maceió, Arapiraca e o Sertão são áreas onde existe maior concentração de charlatães. ?Essas pessoas levam doença à população desinformada, sobretudo num período eleitoral, onde políticos inescrupulosos utilizam esse mecanismo ilegal?, diz Roberto Meneses. Ele cita os riscos de uma prótese mal adaptada, que pode até causar câncer de boca, além do perigo de se contrair doenças como Aids e hepatite B, ocorrer fratura de mandíbulas e casos de hemorragia entre as pessoas atendidas.