O furto de uma carteira porta-cédula de uma estagiária do Fórum instalado na Universidade Federal de Alagoas (Ufal) abriu uma polêmica sobre a jurisdição da área federal. Para tentar esclarecer o caso, o juiz da 5a Vara da Família, Wlademir Paes, requisitou a presença da Polícia Civil, mas o funcionário Antônio Lacerda de Souza, que foi apontado como suspeito do roubo, diz que o caso deveria  ser apurado pela Polícia Federal. Lacerda prometeu entrar com um processo por danos morais contra as pessoas que o acusaram de ter roubado a carteira da estagiária. Ele disse que sofreu constrangimento por ter ficado trancado numa sala durante quatro horas, aguardando a chegada de policiais da Delegacia de Roubos e Furtos. Além disso, o funcionário contou que o seu carro foi revisado pela polícia, que chegou a insinuar que ele responderia a inquérito administrativo. “Tenho 20 anos de serviço, não tendo na minha vida profissional nada que me desabone e todos na Ufal sabem disso”, afirmou. “Apesar de ficar dentro da universidade, o fórum é de competência jurídica estadual; por isso chamei a Polícia Civil para esclarecer o roubo”, explicou o juiz Wlademir Paes, ressaltando que, em nenhum momento, acusou Lacerda pelo furto. O magistrado disse ainda que só seria correto chamar a PF se ocorresse o roubo de equipamentos da universidade, que são bens pertencentes à União.