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Nº 5759
Cidades

Usina poder� pagar R$ 400 mil por poluir o Sistema Pratagy

| BLEINE OLIVEIRA Repórter Técnicos do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) que analisaram as conseqüências do vazamento de vinhaça na Usina Santa Clotilde, estimaram em R$ 400 mil o valor da multa que a indústria deverá pagar pelo crime ambienta

Por | Edição do dia 16/02/2006 - Matéria atualizada em 16/02/2006 às 00h00

| BLEINE OLIVEIRA Repórter Técnicos do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) que analisaram as conseqüências do vazamento de vinhaça na Usina Santa Clotilde, estimaram em R$ 400 mil o valor da multa que a indústria deverá pagar pelo crime ambiental. O vazamento, que aconteceu há cerca de 10 dias, atingiu o sistema Pratagy e deixou sem água a população de 14 bairros de Maceió, cerca de 700 mil pessoas. O valor da multa pode ser maior, por decisão do IMA, que discutirá a proposta hoje. A vinhaça, um conhecido líquido poluente e corrosivo que resulta da lavagem da cana, sempre foi um problema na agroindústria canavieira. Além de poluir o Riacho das Pedras, um dos principais afluentes do Rio Pratagy, o vazamento provocou sérios danos à fauna e à flora da região. “Nunca vi um acidente desta proporção”, disse o biólogo Manoel Messias dos Santos, gerente do laboratório do IMA. A população sofreu com a suspensão do abastecimento de água, que em muitos bairros ainda não foi regularizado, e com a mortandade de peixes e crustáceos. Os exames confirmaram que o produto derramado foi vinhaça, mas ainda não permitiram determinar a quantidade. Informações não oficiais dizem que vazaram cerca de 300 mil litros. A própria usina não apresentou ao Instituto do Meio Ambiente dados precisos, ou próximos à exatidão, sobre o volume que teria vazado da lagoa de estabilização. Mas a quantidade vazada, disse Manoel Messias, poluiu cerca de 30% do Sistema Pratagy, que garante água para a maior parte da capital. O IMA verificou que a vinhaça vazou em conseqüência do desmoronamento da barreira de contenção da lagoa A direção da Usina Santa Clotilde, administrada pela família Oiticica, que também explora o comércio de água mineral, tem 30 dias para pagar a multa, a partir da data em que for notificada. E ainda terá de assinar Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o órgão ambiental.

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