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Nº 5759
Cidades

Macei� volta ao ritmo de trabalho e j� pensa em feriado

| Bleine Oliveira Repórter Pouco depois das 11h de ontem, mesmo com certa preguiça, a cidade começou a voltar ao normal. Muito antes do meio-dia funcionários estavam nas portas das lojas do Centro, esperando para começar a trabalhar. Clientes formavam f

Por | Edição do dia 02/03/2006 - Matéria atualizada em 02/03/2006 às 00h00

| Bleine Oliveira Repórter Pouco depois das 11h de ontem, mesmo com certa preguiça, a cidade começou a voltar ao normal. Muito antes do meio-dia funcionários estavam nas portas das lojas do Centro, esperando para começar a trabalhar. Clientes formavam filas nos bancos, mostrando que a manhã da Quarta-Feira de Cinzas, tradicionalmente destinada ao descanso de quem curtiu o carnaval, terminaria rapidamente. O ritmo só não foi de total normalidade em função do ponto facultativo nas repartições públicas, que só reabrem hoje. As boleiras do calçadão ao lado da Igreja do Livramento, por exemplo, foram as primeiras a retomar o trabalho. Com seus doces e bolos, elas foram dando ao Centro o clima de fim de festa e reinício da vida rotineira. “Todo ano é a mesma coisa. Chega quarta-feira e a gente volta ao trabalho pensando no próximo feriado” , disse a estudante Patrícia Lima dos Santos, 22, balconista de uma loja na Rua Senador Mendonça. Ela curtiu o carnaval na cidade de Coruripe, onde moram os pais, e se disse satisfeita com os dias de folga. Conscientes de que “a vida é assim mesmo”, os comerciários se adequaram rapidamente à rotina, esperando pelo próximo feriado. Os supermercados e shoppings também abriram suas portas ao meio-dia de ontem. Difícil mesmo foi enfrentar fila nos bancos que reabriram após dois dias sem expediente. Depois da folia, ou do descanso, muita gente saiu de casa para resolver pendências bancárias. A preocupação com as multas e os juros levaram a dona-de-casa Creuza Ferreira, residente no Conjunto Colina dos Eucaliptos, no Tabuleiro do Martins, a chegar cedo à agência do Bradesco, na Rua Senador Mendonça, no Centro. Ela tinha em mãos alguns boletos bancários com data de vencimento na terça-feira, 28. Como os bancos não abriram, Creuza pôde pagar as dívidas sem a cobrança de juros. “Qualquer pouquinho que a gente paga de juros faz falta. Prefiro enfrentar a fila”, disse a dona-de-casa. ### Ônibus extras garantem retorno da folia | CARLA SERQUEIRA Repórter O retorno dos maceioenses que preferiram “brincar” o carnaval no Recife ou em Salvador tem sido gradativo. “Até domingo vai ter gente voltando”, disse a agente de viagens Socorro Silva. Ela trabalha na Real Alagoas, a única empresa que fornece passagens para a capital pernambucana. “Hoje [ontem] tivemos que criar 11 horários extras, além dos 18 que já temos por dia”, disse. Segundo Socorro, cerca de duas mil pessoas deixaram Maceió na última sexta-feira rumo ao Recife. “Na véspera do ‘Sábado de Zé Pereira’, colocamos 30 ônibus a mais para atender a demanda. Ao todo foram 48 viagens só na sexta. A mesma quantidade se repetiu no sábado”. Quem escolheu Salvador, também contou com reforço na frota de ônibus. De Maceió para a capital do axé saíram nove ônibus por dia no carnaval. “Normalmente temos quatro ônibus para Salvador. Durante o carnaval, subimos a oferta para nove”, afirmou o encarregado de agência de viagens Cley Jean. “O pessoal está voltando gradativamente. De acordo com a procura, abrimos mais vagas por aqui”. Mas teve quem optou por deixar sua cidade e cair na folia em Alagoas. À espera do ônibus para Aracaju estavam, ontem, na rodoviária de Maceió, os amigos Bruno Henrique, Igor Goes e Heitor Fontes, todos com 18 anos. “Estamos levando muitas histórias. Fomos para a Barra de São Miguel, tivemos que dormir duas vezes na areia e ainda cochilamos num bugre que encontramos estacionado”, disseram. ### Na AL-101 Norte, movimento foi intenso Na AL-101 Norte, estrada que dá acesso aos municípios de Paripueira, Barra de Santo Antônio e Maragogi, cerca de 10 mil carros transitaram ontem, entre 7h e 16h, em direção à capital. Na volta para casa não foi difícil cruzar com carros cheios de malas, colchões e até móveis e geladeiras. “O trânsito não chegou a ficar parado. Eu acredito que o pessoal já tem experiência de outros carnavais e procura evitar os horários de pico”, considerou o sargento Ivanildo Alves, lotado no posto do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPtran) de Guaxuma. O sargento disse que o fluxo maior de veículos foi registrado entre 10h e 12h de ontem, quando em torno de 30 carros por minuto passavam pela AL-101 Norte. O movimento também foi grande no final da tarde, entre 17h e 19h. “Muita gente aproveita a quarta-feira de cinzas na praia e resolve voltar para Maceió no início da noite”, comentou Ivanildo Alves, ao afirmar que o carnaval deste ano foi mais tranqüilo do que se esperava. “Tem fins de semana que dão bem mais trabalho. Foi um carnaval de muita paz no trânsito. Não registramos nenhuma ocorrência grave. Apenas pequenas colisões que no local mesmo foram resolvidas”, disse o sargento. Educação no trânsito Ano passado, Ivanildo Alves trabalhou na AL-101 Sul, acesso à cidade de Barra de São Miguel. “Teve muita batida, prendemos muita gente por causa de drogas. Este ano não. Acredito que as campanhas preventivas e a melhoria nas condições de trabalho ajudaram muito”, disse.|CS ### Clima de saudosismo na volta para casa | CARLOS ROBERTS Repórter Fim de festa é hora de juntar tudo e retomar à rotina do cotidiano. Este foi o ritual de ontem pela manhã no município alagoano de Barra de São Miguel, litoral sul do Estado, onde, na opinião de muitos foliões, foi realizado um dos melhores carnavais do litoral alagoano. Depois da euforia, irreverência, paqueras e tudo mais que ocorre num carnaval à beira de praia, a Quarta-feira de Cinzas na Barra de São Miguel já trazia um clima de saudosismo. Luana Aparecida Andrade, 22 anos, vendedora, teve de esperar o ônibus para voltar para casa depois de cinco dias aproveitando o carnaval na praia. “Foi muito bom. Que pena que acabou. Também fiz novas amizades”, revela. O técnico portuário Adeilson Rocha, 49 anos, pediu emprestado a casa de uma amiga para passar o carnaval com 14 membros da família. Ele tinha até uma geladeira no reboque que conduziria de volta a Maceió. E as onze caixas de bebidas que também levou no reboque, não voltariam. “Faltou cerveja. É a primeira vez que passamos o carnaval aqui. Agora vamos voltar sempre. Pois foi tudo muito tranqüilo. Além da facilidade para visitarmos outras praias”, disse. Na areia, alguns foliões recuperavam a energia com água- de-coco. Também podia-se encontrar famílias aproveitando as últimas horas de feriadão à beira-mar. Desde cedo, operários da prefeitura recolhiam lixo em toda a extensão da orla. Nas ruas era possível encontrar caminhões carregando sacos de entulho. Balanço positivo Ontem também foi dia de balanço no comércio da Barra de São Miguel. O público em massa no balneário garantiu o sucesso nas vendas. Serafim Alves da Silva é proprietário de um pequeno depósito de bebidas. Ele conta que em fins de semana normais o volume de vendas gira em torno de 40 caixas de cerveja. Mas no feriado este número foi superado. “Ainda não fiz as contas direito, mas acho que vendemos de 400 a 500 caixas de cerveja”, contou o comerciante, que também trabalha com outros itens como gelo e gás e comemorava o aumento nas vendas. ### Folião deixa para pegar estrada à tarde Pela manhã, o movimento de retorno a Maceió pela rodovia AL-101 Sul foi calmo. A maioria dos foliões deixou para pegar a estrada no fim da tarde e começo da noite. Logo cedo, o trânsito só foi intenso no trevo do município de Marechal Deodoro, exigindo um pouco mais de atenção por parte dos condutores de veículos. As lombadas eletrônicas permaneceram desligadas até as 20 horas de ontem, para facilitar o fluxo de veículos. Os equipamentos foram desligados no sábado de Zé Pereira pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER), o que, de acordo com informações da Polícia Rodoviária Estadual, contribuiu para melhorar o fluxo de veículos, que transcorreu normal durante o feriadão. A colocação de faixas cobrindo as lombadas impediu que os motoristas reduzissem em excesso a velocidade do veículo. Mesmo em horário de pico, os condutores enfrentaram o engarrafamento com bom humor |CR

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