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Nº 5759
Cidades

Ap�s troca de tapas, escolas v�o parar na Justi�a por t�tulo

| FÁTIMA ALMEIDA Repórter A disputa das escolas de samba pelo título de campeã do canaval de Maceió, cujo resultado já virou caso de polícia, vai, agora, para a Justiça. A diretoria da Gaviões da Pajuçara, que perdeu o título num desempate com a Girasso

Por | Edição do dia 03/03/2006 - Matéria atualizada em 03/03/2006 às 00h00

| FÁTIMA ALMEIDA Repórter A disputa das escolas de samba pelo título de campeã do canaval de Maceió, cujo resultado já virou caso de polícia, vai, agora, para a Justiça. A diretoria da Gaviões da Pajuçara, que perdeu o título num desempate com a Girassol, diz que vai denunciar a Liga das Escolas de Samba por suposto beneficiamento à concorrente. Por sua vez, o presidente da Liga, Eugênio Vilela, anuncia que vai processar a diretoria da Gaviões por danos morais e ameaça a sua integridade física. Diretores e integrantes da escola são acusados de tumulto, agressão a membros da Liga e de terem depredado a sede da Fundação Cultural Cidade de Maceió, situada no bairro de Jaraguá, na última quarta-feira, após ser anunciado o resultado da apuração. Na ocasião, o presidente da Liga saiu escoltado pela Polícia Militar. Ele afirma que sofreu agressões e ameaças. Ontem, Eugênio Vilela prestou queixa na delegacia do 2º Distrito. “O problema é que eles não aceitam a derrota. Deveriam se preocupar com o que aconteceu, porque eles depredaram a fundação e me ameaçaram. Vão ter que responder pelos atos na Justiça”, diz Vilela. A diretoria da Gaviões nega as ameaças. Segundo o presidente José Hilton Lopes, o Prego, o que houve foi uma reação exaltada de descontentamento com o que eles consideram injustiça. Ele diz que a escola foi prejudicada pela “imparcialidade” do julgamento e que a diretoria está entrando com recurso na Liga, contra o resultado. Se não conseguir reverter, promete buscar, na Justiça, o cumprimento do regulamento. “Queremos ser julgados pelo que aconteceu na avenida, e não por afinidade com a diretoria da Liga”, diz Hilton. Os diretores da Gaviões dizem que encontraram várias vezes o presidente da Liga no centro da cidade, com dirigentes da Girassol, comprando adereços para a escola. ### Briga pode acabar com Liga das Escolas Os representantes da Gaviões da Pajuçara dizem que o regulamento foi ignorado pela Girassol em vários pontos. “Houve um atraso de 30 minutos para a escola entrar na avenida; a rainha da bateria desfilou descalça; os carros alegóricos sem iluminação; as roupas do mestre-sala e da porta-bandeira eram as mesmas do carnaval do ano passado; e três jurados já foram integrantes da Girassol”, reclamam Hilton Lopes e Josué Junior. Eles anunciam, ainda, que vão pedir uma reunião com os diretores das escolas 13 de Maio, que ficou em terceiro lugar; da Arco- Íris, que foi desfiliada da Liga; e da Jangadeiros, que pediu desfiliação antes do carnaval, e nem participou do desfile (o presidente também alegou descumprimento do regulamento). No encontro, os dirigentes da Gaviões vão propor a saída de Eugênio Vilela da presidência da Liga, para que assuma o vice, Antônio Carlos. Caso isso não aconteça, a escola também ameaça se desfiliar. AMEAÇADAS DE extinção O presidente Eugênio Vilela lamenta essa possibilidade, mas disse que não está disposto a renunciar. Reconhece, no entanto, que é difícil estar à frente de uma instituição, quando acontece esse tipo de coisa [referindo-se à reação da Gaviões]. “Se eles pedirem a desfiliação, acabam com a Liga, porque não faz sentido continuar com apenas duas escolas”, destaca Vilela. Ele lembrou que não decide sobre o resultado. “Tem uma comissão julgadora para isso. A nós, cabe anunciar”, diz o presidente da Liga. A briga entre a Gaviões da Pajuçara com a Liga das Escolas de Samba foi provocada depois que a escola ficou empatada com a Girassol. Inconformados com o resultado anunciado na quarta-feira passada, na Fundação Cultural Cidade de Maceió, integrantes da Gaviões partiram para cima do presidente da Liga, Eugênio Vilela, provocando quebra-quebra na fundação. O presidente da Liga saiu em defesa da organização do desfile, dizendo lamentar o ocorrido, mas só conseguiu deixar a Fundação Cultural Cidade de Maceió sob escolta da Polícia Militar. |FAL

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