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Nº 5901
Cidades

Ex�rcito faz 168 anos e ganha novos recrutas

CARLA SERQUEIRA Repórter A noite de ontem foi de festa no 59º Batalhão de Infantaria Motorizado (BIMtz), com sede no Farol. Centenas de convidados prestigiaram as comemorações do aniversário de fundação do 1º Batalhão de Caçadores, unidade mãe d

Por | Edição do dia 04/03/2006 - Matéria atualizada em 04/03/2006 às 00h00

CARLA SERQUEIRA Repórter A noite de ontem foi de festa no 59º Batalhão de Infantaria Motorizado (BIMtz), com sede no Farol. Centenas de convidados prestigiaram as comemorações do aniversário de fundação do 1º Batalhão de Caçadores, unidade mãe do 59º Batalhão, que em 28 de fevereiro de 1938 deixou de ser provisório e foi instalado no Rio de Janeiro. Passaram-se 168 anos e ontem a data foi festejada com o ingresso de 239 novos recrutas alagoanos no Exército brasileiro. A solenidade teve início às 20h. Durante a programação, 25 personalidades receberam o diploma “Amigo do Batalhão”, entre elas empresários, policiais, magistrados, sindicalistas, servidores públicos e outros. “São pessoas que colaboram muito com o nosso trabalho e não poderiam deixar de ser homenageadas”, disse o comandante do 59º BIMtz, coronel Asdrubal Saraiva. A festa foi também dos recrutas veteranos. Este ano, dos 239 jovens que serviram ao Exército durante 2005, 33 foram engajados na carreira militar. “Eles podem permanecer no Exército por sete anos. Aqueles que se empenharem, podem ser ainda promovidos a cabo ou a terceiro sargento”, revelou o comandante, salientando os benefícios que a carreira militar traz para os jovens e a sociedade alagoana. “O exército proporciona rica formação cidadã”, diz ele. “Cada ano, são devolvidos à sociedade mais de 200 jovens que receberam lições de camaradagem, lealdade, respeito e, por isso, podem colaborar no fortalecimento de uma nação mais justa”. O comandante Saraiva afirmou, ainda, que paralelamente à formação humana oferecida, existe também a possibilidade de o ex-recruta conquistar com mais facilidade o primeiro emprego depois que deixa o Exército. “Eles adquirem experiência em diversas áreas, desde saúde, mecânica, marcenaria até culinária”, frisou, lembrando também da atuação do Exército em ações subsidiárias em apoio à população. “Estamos iniciando a operação carro-pipa, que vai distribuir água em 30 municípios alagoanos. Damos suporte também nos pleitos eleitorais em várias cidades do Estado”, informou. “Sem falar na preparação física. Muitos ganham destaque nas atividades esportivas que desenvolvemos”. A noite contou com a apresentação da banda do 59º Batalhão de Infantaria, composta por cerca de 40 músicos. Entre os convidados, a major Elza Cansanção é um exemplo de dedicação à carreira militar. Ela foi enfermeira-chefe num hospital com 1.200 leitos, aos 21 anos, na cidade italiana de Livorno durante a Segunda Guerra Mundial. Hoje, com 84 anos, Elza lembra com emoção dos desafios enfrentados. “O serviço militar é de uma importância extraordinária”, diz ela, ao afirmar ter sido a primeira mulher brasileira a se oferecer para ir à guerra. Para desafio parecido estão se preparando 30 alagoanos. Eles não vão para uma guerrilha, mas, segundo a major Elza Cansanção, a missão deles é muito mais dolorosa. Os alagoanos, na próxima semana, seguem para o Recife onde receberão treinamento para, no início de junho, cumprir uma missão internacional no Haiti, que hoje conta com a ajuda de cerca de 1.200 soldados brasileiros no combate à miséria. “Eles vão ganhar uma experiência incrível e retornarão bem mais amadurecidos para a vida”, disse a major Elza.

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