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Jovem engraxate: analfabeto e franzino

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FÁBIA ASSUMPÇÃO O engraxate M.M. S, de 16 anos, trabalha desde os três anos de idade. O corpo franzino de menino em nenhum momento demonstra que dentro de dois anos estará completando 18 anos. Com certeza, M. não poderá desfrutar de um futuro promissor: não sabe ler, nem escrever. Mas, tem uma imensa vontade de realizar o sonho de freqüentar uma escola. ?Para o ano, vou tentar encontrar uma vaga numa escola do CEAGB?, disse M., sem perder a esperança de uma vida melhor. Infelizmente, M. ainda não faz parte das estatísticas de uma relatório apresentado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), apontando que o número de crianças e jovens de 5 a 17 anos trabalhando no Brasil caiu 23% entre 1992 e 1999. Apesar da boa notícia, o relatório mostra que a taxa da queda da atividade, de 8,7% entre 1992 e 1995, cresceu 13,6% nos três anos seguintes, e caiu para 2,4% entre 1998 e 1999. Ou seja, os índices de trabalho estão diminuindo, mas numa marcha cada vez mais lenta. As regiões Sul e Nor-deste são as que mais concentram crianças trabalhando. Do total de pessoas com idade entre 5 e 17 anos que vivem nessas regiões, 21% trabalham. No Brasil, em média, 7,622 milhões de crianças estão envolvidas com algum tipo de atividade (remunerada ou não). Desse total, 9,6% ou 733,6 mil fazem trabalhos domésticos, que concentram o maior número de meninas (95%). Desse total, 58% começam a trabalhar entre 12 e 15 anos de idade. A jornada de trabalho de pelo menos 95% é superior a 40 horas semanais. Formal O fiscal do Trabalho José Gomes, membro do Fórum Estadual de Erradicação do Trabalho Infantil, garante que em Alagoas a redução no número de crianças e jovens trabalhando foi também significativa. Ele afirma, com convicção, que praticamente não existem mais crianças trabalhando no mercado formal. ?Nos últimos seis meses, a fiscalização não encontrou nenhuma criança trabalhando, podendo dizer que pelo menos nas empresas, o trabalho infantil foi totalmente eliminado?, concluiu Gomes.

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