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Nº 5759
Cidades

Funai come�a a negociar terra para �ndio

| FÁTIMA ALMEIDA Repórter A administração regional da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Alagoas recebeu ontem pela manhã, da direção nacional do órgão, os documentos de avaliação de benfeitorias realizadas em 25 fazendas localizadas na região de Pal

Por | Edição do dia 15/03/2006 - Matéria atualizada em 15/03/2006 às 00h00

| FÁTIMA ALMEIDA Repórter A administração regional da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Alagoas recebeu ontem pela manhã, da direção nacional do órgão, os documentos de avaliação de benfeitorias realizadas em 25 fazendas localizadas na região de Palmeira dos Índios, cuja área, totalizando cerca de 345 hectares, está sendo reivindicada pelos índios xucuru-kariri. Na semana passada cerca de 120 índios, vindos das aldeias Canto, Cafurna de Baixo, Coité e Serra do Amaro ocuparam a sede da Funai, em Maceió, dispostos a só sair com as reivindicações atendidas. A principal delas é a agilidade no processo de avaliação e compra dos 345 hectares de terras, prometidos desde o ano passado, pela Funai, para aliviar a pressão nas aldeias. Com os documentos de avaliação em mãos, o indigenista e administrador regional do órgão, José Heleno, assegurou que hoje pela manhã vai mandar uma equipe técnica à região para negociar com os fazendeiros os valores propostos para pagamento das benfeitorias nas terras. Ele explicou que a negociação do pagamento não pode incluir o valor de compra das terras, por se tratar de área que já é de domínio da União, ocupadas por posseiros ao longo dos anos. Numa ação na Justiça Federal, a reivindicação dos índios é bem maior. Eles querem a demarcação de cerca de 15 mil hectares de terra, que entendem ser área indígena, mas esse processo pode demorar anos para ser concretizado. As reivindicações também exigem mais assistência para as comunidades indígenas. Eles querem que a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) reforce o acompanhamento à saúde dos índios, que, segundo os líderes do movimento, estão adoecendo nos acampamentos. Ontem pela manhã, antes da chegada dos documentos encaminhados pela direção nacional da Funai, os dirigentes locais do órgão se reuniram, na sede do Ministério Público Federal, com o procurador federal Rodrigo Tenório e representantes da comunidade indígena a fim de negociar uma saída para o impasse que gerou a ocupação da Funai. Até ontem à tarde, eles permaneciam na sede do órgão.

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