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Nº 5900
Cidades

Unidade de internamento de menores infratores � avaliada

| CARLOS ROBERTS Repórter Entidades de direitos humanos visitaram ontem as unidades de internação masculina e feminina para menores infratores em Maceió, o antigo CRM. A visita faz parte de mapeamento que está sendo feito em todo o Brasil. Representant

Por | Edição do dia 16/03/2006 - Matéria atualizada em 16/03/2006 às 00h00

| CARLOS ROBERTS Repórter Entidades de direitos humanos visitaram ontem as unidades de internação masculina e feminina para menores infratores em Maceió, o antigo CRM. A visita faz parte de mapeamento que está sendo feito em todo o Brasil. Representantes do Núcleo de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Comissão da Criança e do Adolescente e Conselho Regional de Psicologia visitaram as instalações onde estão internados 78 adolescentes, dos quais sete são garotas. Cerca de 40 menores já foram julgados e outros 31 estão alojados em regime provisório. Na saída, Narciso Fernandes, do Núcleo de Direitos Humanos da OAB, disse que muitos adolescentes reclamaram da comida. Segundo ele, os internos pedem diversificação no cardápio, principalmente pela manhã. O presidente da Comissão da Criança e do Adolescente, Mirabel Alves Rocha, contou que foi constatada a ausência de atividades recreativas e educativas. De acordo com ele, os garotos também desejam a retomada das atividades circenses, suspensas desde o fim do ano passado. A psicóloga Odete Santiago Pinheiro, do Conselho Regional de Psicologia, observou que dos oito alojamentos, apenas três têm ventilação. “O cheiro de mofo é forte e a qualidade do ar chega a ser comprometida. É preciso tomar providências a respeito da higiene. O lugar é insalubre”, disse. Para a psicóloga, a forma como está sendo mantido o internamento dos menores é insatisfatória quando o assunto é ressocialização. Em sua avaliação, o quadro deixa muito a desejar. Durante a visita foi lembrado que, no ano passado, o Ministério Público Estadual fez algumas exigências para a readequação do lugar. Para tanto, foi elaborado um Termo de Ajuste de Conduta. “Mas alguns itens ainda não foram atendidos”, observa Narciso. O resultado da visita vai compor um quadro de avaliação sobre como o País está cuidando do menor infrator e auxiliar na diretriz de novas ações.

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