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Nº 5759
Cidades

Sem-terra denunciam grupo armado

| CARLOS ROBERTS Repórter Uma comissão de trabalhadores do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) pediu, ontem, ao Ministério Público Estadual (MPE), ações para diminuir a violência no campo em Alagoas. Eles denunciaram ao procurador-geral de Jus

Por | Edição do dia 17/03/2006 - Matéria atualizada em 17/03/2006 às 00h00

| CARLOS ROBERTS Repórter Uma comissão de trabalhadores do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) pediu, ontem, ao Ministério Público Estadual (MPE), ações para diminuir a violência no campo em Alagoas. Eles denunciaram ao procurador-geral de Justiça, Coaraci Fonseca, que na madrugada de terça-feira aproximadamente 10 homens fortemente armados, encapuzados e usando roupas camufladas semelhantes às do Exército, invadiram o assentamento José Lenilson, no município de Atalaia, e promoveram um verdadeiro terror. Os sem-terra disseram que um cachorro foi molhado com gasolina e queimado vivo. E que mulheres e crianças também teriam sido ameaçadas de morte, caso insistissem em permanecer na região. O grupo ameaçado já havia sido despejado - por ordem da Justiça - da fazenda Aracati, e transferiu-se para o José Lenilson. O episódio em Atalaia motivou a marcha de cerca de 250 membros do MST, que há dois dias estão acampados na Praça Sinimbu, no centro de Maceió. Hoje, às 10 horas, eles terão uma audiência pública em Murici, com a presença do ouvidor agrário nacional, Gercino Filho, a quem farão a denúncia da ação do grupo armado em Atalaia. Os sem-terra também deverão lembrar a morte do membro do movimento, Joelson Melquiades Santos, assassinado no dia 29 de novembro, no assentamento Timbozinho, em Atalaia. “E até hoje não se tem qualquer pista da autoria deste crime”, diz o dirigente da Comissão Pastoral da Terra, Carlos Lima. Os sem-terra dizem que, dependendo do resultado da reunião de hoje, em seguida deverão desocupar a Praça Sinimbu, onde fica o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Maceió.

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