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Nº 5759
Cidades

Sem-terra e sem-teto fazem protesto na rodovia AL-101

| FERNANDO VINÍCIUS Repórter Maragogi - Trabalhadores ligados ao Movimento Terra Trabalho e Liberdade (MTL) interditaram durante a manhã de ontem a rodovia AL-101 Norte em Maragogi. Eles fecharam a pista para exigir cestas básicas, lona e providências e

Por | Edição do dia 17/03/2006 - Matéria atualizada em 17/03/2006 às 00h00

| FERNANDO VINÍCIUS Repórter Maragogi - Trabalhadores ligados ao Movimento Terra Trabalho e Liberdade (MTL) interditaram durante a manhã de ontem a rodovia AL-101 Norte em Maragogi. Eles fecharam a pista para exigir cestas básicas, lona e providências em relação às terras das fazendas Bosque, Imbira, Várzea Grande e Ilha Bela, todas localizadas na zona rural do município, que já conta com 17 assentamentos de reforma agrária, o maior número registrado em Alagoas. De acordo com o coordenador regional do MTL, José Sebastião da Silva, mais conhecido como Caçarola, o repasse de 300 cestas básicas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) está atrasado em mais de um mês. A quantidade deve atender 200 famílias de sem-terra que aguardam a definição do processo das terras reivindicadas instaladas em barracos montados às margens da rodovia. Informados pelo comando do 6º Batalhão da Polícia Militar que os pedidos seriam atendidos, o protesto foi encerrado antes do meio-dia. A manifestação teve a participação dos sem-teto que ocupam os acostamentos da rodovia no trecho entre o acesso principal e a entrada para o centro de Maragogi pelo bairro do Carvão. Uma comissão será recebida hoje, às 14h, na sede da prefeitura para se informar sobre projetos de moradia popular, expectativa que levou o desempregado Cícero Benedito Santos a se instalar na área. Ele garante que foi o primeiro a levantar um barraco no local, em abril de 2005. Sem ter como pagar o aluguel da casa onde morava na periferia da cidade e sobrevivendo “como pode”, decidiu se mudar para a beira da pista. Benedito espera ganhar uma “casinha”, mas admite que existem pessoas morando no local interessadas apenas em negociar. “Hoje tem gente aqui com mais de um barraco e tem que constrói só pra vender”.

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