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Nº 5759
Cidades

Ju�zes exigem ressarcimento da Caixa

| BLEINE OLIVEIRA Repórter Cerca de 20 juízes alagoanos são as mais novas vítimas da clonagem de cartão bancário em Maceió. Eles e alguns funcionários da Associação dos Magistrados de Alagoas (Almagis) tiveram suas contas devassadas e delas foram retira

Por | Edição do dia 21/03/2006 - Matéria atualizada em 21/03/2006 às 00h00

| BLEINE OLIVEIRA Repórter Cerca de 20 juízes alagoanos são as mais novas vítimas da clonagem de cartão bancário em Maceió. Eles e alguns funcionários da Associação dos Magistrados de Alagoas (Almagis) tiveram suas contas devassadas e delas foram retiradas quantias que variam de R$ 70,00 a R$ 10 mil. O presidente daquela entidade, juiz Paulo Zacarias, disse que a clonagem ocorreu depois que o terminal eletrônico da Caixa Econômica Federal foi retirado da sede da Almagis, no Centro, no último dia 3. “Não sei se há relação com o fato de a máquina pertencer a uma empresa terceirizada”, disse o juiz. A Caixa perdeu para o Banco do Brasil as contas do Tribunal de Justiça e, por isso, determinou a retirada do terminal eletrônico que mantinha na sede da Almagens. O equipamento era utilizado por juízes que freqüentam a entidade e ali faziam movimentação bancária. Da mesma forma os funcionários da Associação que tinham contas salário da Caixa. Ao verificar que quantias foram retiradas de suas contas indevidamente, juízes e funcionários procuraram a Caixa para cobrar providências. Seguindo orientação da própria instituição bancária, prestaram queixa na Delegacia de Roubos e Furtos. De posse do Boletim de Ocorrência solicitaram o ressarcimento da quantia desfalcada. Sempre ocorre O assessor de comunicação da Caixa, Pedro Paes de Araújo, confirmou que juízes tiveram cartões clonados. “Isso pode ocorrer com qualquer cliente de qualquer banco. Não somente os nossos”, disse ele. A clonagem de cartão é uma prática criminosa que vem ocorrendo com freqüência em Maceió, atingindo principalmente clientes da Caixa. Em dezembro último, o delegado de Defraudações, Nílson Alcântara, confirmou o crescimento desse delito. “Chega a 15 registros por semana”, afirmou o delegado. Desse total, acrescenta ele, 80% são queixas contra a Caixa. No caso dos juízes, Pedro Paes admitiu ter tomado conhecimento de quatro casos e que estes já estavam sendo solucionados. Segundo ele, a Caixa analisou a movimentação das contas dos reclamantes e identificou todas as características de saque fraudulento. Procedimento Com isso, os gerentes responsáveis pelas contas adotaram as providências para que os valores sejam devolvidos aos clientes. “Todo cliente prejudicado deve procurar a agência e comunicar a ocorrência de saque que não fez”, orienta o assessor de comunicação. Toda a movimentação da conta é analisada e, configurada a fraude, os valores são devolvidos. Quantias acima do limite são analisadas pelo comitê do Escritório de Negócios antes da devolução. A área de segurança da Caixa se encarrega de encaminhar os casos à Polícia Federal.

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