Professores param e for�am negocia��o
| MARCOS RODRIGUES Repórter O apelo do governador Ronaldo Lessa (PDT) para que os trabalhadores da Educação não cruzassem os braços não foi atendido. Ontem, numa assembléia com pouco mais de mil pessoas, no Clube Fênix Alagoano, a categoria decidiu para
Por | Edição do dia 22/03/2006 - Matéria atualizada em 22/03/2006 às 00h00
| MARCOS RODRIGUES Repórter O apelo do governador Ronaldo Lessa (PDT) para que os trabalhadores da Educação não cruzassem os braços não foi atendido. Ontem, numa assembléia com pouco mais de mil pessoas, no Clube Fênix Alagoano, a categoria decidiu parar as atividades até a próxima sexta-feira. Lessa apelou para os trabalhadores pela manhã durante a inauguração de um ginásio poliesportivo no conjunto Graciliano Ramos. Faço um apelo para que não entrem em greve e que negociem com o governo. O governador Luis Abílio está aberto para negociar, dizia Lessa, enquanto apontava avanços na área de Educação durante seu governo. A assembléia dos professores ocorreu no período da tarde. Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Educação, Girlene Lázaro, o governo é quem está motivando a paralisação dos trabalhadores. Se alguém tem que fazer um apelo aqui somos nós. Digo isto porque foi uma provocação do governo, que não incluiu os trabalhadores da Educação no projeto que enviou para o Legislativo, disse Girlene. Até a próxima sexta-feira os professores e técnicos da Educação desenvolverão várias atividades, alertando a sociedade para o movimento da categoria. Hoje eles realizam um café da manhã na porta da Secretaria Estadual de Educação, no centro de Maceió, onde devem ficar acampados. Amanhã, data em que devem se reunir com os técnicos do governo, realizarão uma vigília em frente ao Palácio Floriano Peixoto. A categoria reivindica isonomia salarial com os demais segmentos do serviço público e a implantação do Plano de Cargos e Carreiras (PCC) para os trabalhadores que atuam em funções administrativas. Essa é uma reivindicação antiga que ainda não foi aplicada. A proposta encaminhada pelo Executivo para a Assembléia Legislativa define piso de R$ 2.030,00 para os servidores de nível superior que cumpram 40 horas semanais. Esse valor pode chegar a R$ 3.005,00 para aqueles que têm mais de 25 anos na função. O problema apontado pelos professores é que essa proposta não se reflete na categoria. No nosso caso, tem professor com 20 horas e nível superior recebendo R$ 550,00, exemplificou Girlene, alertando para uma possível greve geral a depender das negociações com o governo nesta quinta-feira.