Invasor de �rea verde denuncia SMCCU
| BLEINE OLIVEIRA Repórter A advogada Michelle de Cássia Uchôa Moreira, 24, e seu pai, o profissional autônomo Carlos Roberto Moreira, vão à Justiça reclamar que estão sendo perseguidos pela Superintendência Municipal de Controle do Convívio Urbano (SMC
Por | Edição do dia 23/03/2006 - Matéria atualizada em 23/03/2006 às 00h00
| BLEINE OLIVEIRA Repórter A advogada Michelle de Cássia Uchôa Moreira, 24, e seu pai, o profissional autônomo Carlos Roberto Moreira, vão à Justiça reclamar que estão sendo perseguidos pela Superintendência Municipal de Controle do Convívio Urbano (SMCCU). Eles alegam que depois de esperar nove meses por uma resposta ao pedido que fizeram para adotar um trecho de área verde no conjunto Flamboyant, na Serraria, foram surpreendidos com a derrubada do muro construído. A demolição ocorreu ontem e, segundo Michelle de Cássia, sem que a família fosse avisada. O pessoal que veio sequer nos deixou ver a ordem de demolição, disse ela, reclamando também que seu irmão foi atingido durante a ação dos agentes da SMCCU. A família prestou queixa na Deplan I, no bairro do Farol. O caso da família Uchôa é mais um dos registrados em áreas verdes de Maceió, ocupadas desordenadamente. Em praticamente todos os bairros há exemplos dessa irregularidade, que ocorre em decorrência da omissão do poder público municipal. Os Uchôa reconhecem que a área é pública, mas alegam que a casa de propriedade da família estava sendo prejudicada por ficar ao lado da encosta onde deveria haver árvores e equipamentos urbanos (balanço, gangorra, quadra de esportes, etc). O local se transformou num lixão. Além do mau cheiro, sofríamos com ratos e insetos dentro de casa e com a presença de usuários de drogas, reclama Michelle de Cássia. Por isso, a família encaminhou requerimento à SMCCU pedindo autorização para construir um muro no local. Moro aqui desde 1982 e desde essa época cuido desse terrenos, afirma Carlos Moreira. Ele reconhece que a agregação do trecho ao seu imóvel é irregular, mas entende que a iniciativa de transformar a área num pomar é significativa e útil, beneficiando não apenas sua família, mas todos os moradores da rua. Pior é o que tínhamos antes, somente lixo e esgoto, diz. O autônomo se diz revoltado porque a SMCCU não respondeu ao seu requerimento, mandando demolir o muro sem avisá-lo para que tomasse providências visando garantir a segurança de sua casa. Além disso, a família reclama que na área existem várias ocupações, até para construção de quadras, piscinas e campo de futebol, sem que a Secretaria de Controle do Convívio Urbano adote qualquer medida para contê-las. O superintendente de Controle Urbano, Ednaldo Marques, disse que as acusações contra o órgão são improcedentes. Segundo ele, o município não teria que avisar antecipadamente sobre a demolição. Ednaldo nega, como denunciou Carlos Roberto, que técnicos da SMCCU tenham usado o cargo para favorecer outros invasores. Cumprimos o nosso papel. Se ele se sente prejudicado recorra à Justiça, acrescentou o superintendente.