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Nº 5759
Cidades

Apoio a artes�os eleva produ��o e oferece status

| DA REDAÇÃO O artesanato brasileiro está em alta no País e no exterior. O atual estágio de reconhecimento pela beleza, originalidade, criatividade e qualidade dos produtos artesanais nacionais é fruto dos esforços das comunidades de artesãos e apoios de

Por | Edição do dia 26/03/2006 - Matéria atualizada em 26/03/2006 às 00h00

| DA REDAÇÃO O artesanato brasileiro está em alta no País e no exterior. O atual estágio de reconhecimento pela beleza, originalidade, criatividade e qualidade dos produtos artesanais nacionais é fruto dos esforços das comunidades de artesãos e apoios de várias entidades públicas e privadas. “O artesanato é uma das atividades que mais geram cidadania e inclusão socioeconômica no Brasil”, diz o gerente da Unidade de Atendimento Coletivo Comércio e Serviços do Sebrae Nacional, Vinicius Lages. Segundo estimativas, baseadas em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 8 milhões de pessoas trabalham nesse segmento em todo o território nacional. “Apoiar o artesanato é uma atividade complexa, pois envolve o trabalho desde a matéria-prima, passando a produção até a comercialização”, diz o coordenador da carteira de projetos de artesanato no Sebrae Nacional, Jorge Rincón. É preciso orientar as comunidades de artesãos e prepará-las para atender as demandas do mercado. “Não adianta, por exemplo, levar produtos de uma associação de artesãos a uma feira, se a capacidade de produção não é compatível com o volume de pedidos dos compradores”, explica Rincón. A incorporação do design à produção artesanal brasileira é uma das grandes contribuições da instituição ao segmento, segundo Rincón. “Levamos designers às comunidades de artesãos, visando aprimorar a qualidade dos produtos, mas sempre preservando a identidade cultural e a tradição artesanal”, salienta. “Não queremos que a produção artesanal se transforme em commodities”, acrescenta. A logística para o escoamento da produção artesanal é destacada por ele como um dos grandes desafios do segmento. Em algumas localidades da região Norte, por exemplo, o transporte dos produtos só pode ser feito pela via fluvial ou aérea. A formação de lideranças e da governança local nas comunidades e Arranjos Produtivos Locais (APLs) é uma das prioridades do Sebrae. O estabelecimento de parceria com governos estaduais, prefeituras municipais, secretarias estaduais, associações e cooperativas de artesãos, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Banco da Amazônia, entre outros, é a fórmula adotada em dezenas de localidades para apoiar o artesanato. “Para apoiar esse segmento é necessário o envolvimento de várias instituições”, afirma o coordenador do Sebrae. Outras ações entram no apoio do Sebrae aos artesãos. “Muitas comunidades precisam de assistência médica, educação e orientação familiar”, esclarece Rincón. A Instituição também se envolve com a solução desses aspectos, por meio do estabelecimento de parcerias. Segundo o coordenador, apoiar o artesanato nos moldes do Sebrae significa promover a real inclusão socioeconômica das populações de baixa renda nas comunidades rurais e urbanas. Fórum A recente implantação do Fórum do Artesanato Brasileiro (FAB) como fruto do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, é, no momento, a iniciativa que mais gera expectativa entre os artesãos. Várias reivindicações dos artesãos são tratadas no âmbito desse fórum, entre elas, a regulamentação da profissão, a adoção de uma carteira nacional, a aprovação do Estatuto do Artesão e a criação de linhas de crédito para o segmento. Pesquisa para levantamento de dados e a criação de um cadastro nacional sobre o artesanato brasileiro também estão entre as prioridades e objetivos do fórum e do PAB. A proposta de uma legislação específica para o segmento encontra-se no Congresso Nacional, aguardando seu exame e aprovação.

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