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Nº 5759
Cidades

F�rum cobra a��o do IMA em Maragogi

| FERNANDO VINÍCIUS Repórter Maragogi - O Fórum de Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável (FDLIS) de Maragogi - o Comunidade Ativa - cobrou o funcionamento da base do Instituto de Meio Ambiente (IMA) planejada para atender o litoral norte alagoa

Por | Edição do dia 26/03/2006 - Matéria atualizada em 26/03/2006 às 00h00

| FERNANDO VINÍCIUS Repórter Maragogi - O Fórum de Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável (FDLIS) de Maragogi - o Comunidade Ativa - cobrou o funcionamento da base do Instituto de Meio Ambiente (IMA) planejada para atender o litoral norte alagoano. O projeto, baseado na descentralização das ações do órgão estadual para aprimorar a eficácia e a qualidade das atividades do IMA, ainda está longe de atender aos objetivos aos quais se propõe. A instalação do chamado Centro de Educação e Pesquisa para o Desenvolvimento Sustentável (Cepedes) em abril de 2004 marcaria o começo de uma nova fase para a gestão e fiscalização dos recursos naturais em Alagoas. Peixe-boi Entre os municípios do Litoral Norte, Maragogi foi escolhido por sua posição geográfica privilegiada. Além de ficar próximo das cidades de Japaratinga e Porto de Pedras, onde houve a reintrodução à vida selvagem de espécies do peixe-boi marinho - sem contar os municípios do litoral sul pernambucano - Maragogi é visitada por turistas atraídos pelas imagens e referências às piscinas naturais, as famosas galés. ### Carro e lancha que deveriam servir a fiscais estão no IMA Maragogi - O Centro de Educação e Pesquisa para o Desenvolvimento Sustentável (Cepedes) serviria tanto para apoiar ações voltadas ao Projeto Peixe-Boi, numa parceria com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), como também teria a missão de desenvolver campanhas de educação ambiental e pesquisa. O convênio entre esferas governamentais e uma ONG, no caso o Centro de Estudos Ambientais, mais conhecida como Projeto Oceanus, prometia ser uma iniciativa forte e duradoura. Passados quase dois anos, a base serve quase que unicamente para a realização de cursos de capacitação, além de ser ponto de apoio para as operações do IMA. Financiado com recursos do Prodetur, o Cepedes consumiu somente com equipamentos R$ 215.700 mil. Segundo Daniel Lima, coordenador do Projeto Oceanus, alguns itens nem sequer chegaram a ser adquiridos, como os equipamentos completos de mergulho e uma motocicleta. Já o veículo 4x4 e a lancha foram comprados e hoje encontram-se à disposição do IMA em Maceió, segundo informações obtidas pelos coordenadores do FDLIS. O destino de computadores, máquina fotográfica, filmadora e outros equipamentos que deveriam estar no Cepedes é motivo de questionamentos. Mesmo sem estar devidamente equipada, a base é mantida sem cumprir integralmente o que está descrito no convênio. Até os custos de manutenção do Cepedes estão sendo bancados pela organização não-governamental, cerca de R$ 2 mil por mês. “Nós estamos pagando tudo, água, luz, telefone e pessoal”, informou Lima, obrigação que não deveria ser da ONG e sim da prefeitura e do governo estadual, de acordo com os documentos assinados em julho de 2003 e válidos por 5 anos. A cópia do convênio entregue à Gazeta pela coordenação do Comunidade Ativa revela uma irregularidade. A assinatura de uma das duas testemunhas, o então gerente das Unidades de Conservação do IMA, Antônio Wilton de Oliveira Carvalho, é falsa. “Esta assinatura não é minha”, escreveu Wilton, de próprio punho, ao lado do falso registro, colocando abaixo a sua. A informação do ex-funcionário do órgão estadual já tinha sido feita de público durante reunião do Fórum Comunidade Ativa realizada em agosto de 2005. Por meio da Marativa, entidade legalmente constituída, o FDLIS de Maragogi pretende entrar com uma ação no Ministério Público para “passar essa questão a limpo”, segundo o presidente Pedro Jeová. “O efetivo funcionamento da base do IMA é indispensável para a fiscalização dos constantes crimes ambientais que acontecem na região, principalmente na zona rural de Maragogi”, diz. FV

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