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Nº 5759
Cidades

Greve amea�a combate � aftosa em AL

Regina Carvalho Repórter A greve de funcionários do Ministério da Agricultura, iniciada no dia 15 deste mês, deve comprometer a campanha de combate à febre aftosa em Alagoas. “Em abril começa a campanha e, se a greve estiver forte, pode comprometer

Por | Edição do dia 29/03/2006 - Matéria atualizada em 29/03/2006 às 00h00

Regina Carvalho Repórter A greve de funcionários do Ministério da Agricultura, iniciada no dia 15 deste mês, deve comprometer a campanha de combate à febre aftosa em Alagoas. “Em abril começa a campanha e, se a greve estiver forte, pode comprometer em 30% a 50% o trabalho”, disse Carlos Alberto de Magalhães, do comando de greve. Ontem, funcionários públicos federais em greve realizaram protesto no pátio da Delegacia Federal da Agricultura, no Farol. “Sem o trabalho dos funcionários que estão parados, pode faltar papel, material de escritório, ou seja, trabalho de base para a campanha”, acrescentou Carlos Alberto, agente administrativo do Ministério da Agricultura. A expectativa do comando de greve era de que 300 funcionários participassem da manifestação. Entretanto, menos de 100 profissionais aderiram ao protesto, que bloqueou um trecho da Avenida Fernandes Lima por mais de uma hora. Vários órgãos federais participaram do protesto, que exige o cumprimento do Plano de Cargos e Carreira. Os grevistas reforçam que estão há 12 anos sem aumento salarial e exigem maior empenho do governo federal para reajustar salários e equiparar as gratificações entre os funcionários. “É grande a diferença de gratificação entre os funcionários. Alguns ganham R$ 1.500 e outros aproximadamente 50% disso”, ressaltou Carlos Alberto. Índios da tribo xucuru-kariri, que ocupam o prédio da Funai há um mês, participaram do protesto, que teve a presença também de funcionários do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Delegacia Regional do Trabalho (DRT), Sindpetro, Ministério da Fazenda, Sindicato dos Trabalhadores da Justiça (Sindjus), Anvisa e Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Na primeira mobilização desde que a greve foi deflagrada, o comando pretende conseguir maior adesão, com a participação de funcionários do Ibama. Em Alagoas estão em greve o Ministério da Agricultura, da Fazenda e a Anvisa. “Os outros órgãos estão em estado de greve”, disse Jorgelson Veras, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais (Sindsep). Os funcionários federais “cruzaram os braços” por 60 dias no ano passado. No entanto, não houve avanço nas negociações com o governo federal. A greve já atinge 15 estados. Até o fim da semana a expectativa é de que 20 estados possam aderir. No Ministério da Fazenda, a greve, que começou no dia 20 deste mês, já prejudica alguns serviços. “Principalmente o setor da Dívida Ativa, como o pedido de certidão. Com isso, o governo perde arrecadação. Um dos maiores problemas que temos é o desvio de função. Cada pessoa está acumulando o serviço de três a quatro”, disse Celene Cardoso, do Ministério da Fazenda. Os funcionários confirmam que cerca de seis mil processos estão parados em Alagoas. No Estado, cerca de 10 mil processos tramitam no ministério por mês.

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