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Nº 5905
Cidades

Praga amea�a dizimar bananais em vale

| IVAN NUNES Repórter União dos Palmares – Os produtores de banana da zona da mata alagoana, que durante 30 anos tiveram o domínio do mercador na exportação do fruto no Nordeste, vivem uma situação de penúria. A plantação localizada no Vale da Pelada e

Por | Edição do dia 02/04/2006 - Matéria atualizada em 02/04/2006 às 00h00

| IVAN NUNES Repórter União dos Palmares – Os produtores de banana da zona da mata alagoana, que durante 30 anos tiveram o domínio do mercador na exportação do fruto no Nordeste, vivem uma situação de penúria. A plantação localizada no Vale da Pelada e Fundo do Surrão está comprometida com a infestação do moleque da bananeira, praga que atinge quase 100% do bananal. “Parece até que houve uma guerra naquela região”, diz a gerente do Banco do Nordeste, Tereza Ângela, que constatou in loco a situação em que vivem os produtores de banana. Com uma dívida superior a R$ 900 mil, 53 produtores de banana ligados à associação do Fundo do Surrão será socorrida pelo Banco do Nordeste nos próximos dias. Cada um vai receber a importância de R$ 6.000 totalizando cerca de R$ 318.000. No Vale da Pelada, além da praga, a falta de manutenção das estradas vicinais compromete boa parte do escoamento do que é produzido naquela região. Dados do escritório regional da Secretaria Executiva de Agricultura em União dos Palmares constatam a existência de 850 produtores que vivem basicamente do plantio de banana. “As variedades do fruto são poucas, mas o histórico de produção tanto no Vale da Pelada como no Fundo do Surrão era animador, pois essas regiões tiveram total domínio na produção e, com isso, ditavam regras e preços no mercado”, diz o técnico Demir Simião. “Em função disso, União dos Palmares já teve uma grandiosa fábrica de doce de banana industrializado que supria o mercado alagoano e nordestino e que hoje vive momento de agonia”, lamenta Demir Simião. Os produtores, na sua maioria, têm uma área que vai de uma tarefa a cinco hectares de terra. Na semana, dois engenheiros agrônomos da Secretaria de Agricultura com outros dois da Fitossan e um biólogo constataram a dura realidade vivida pelos produtores com a perda total do plantio de banana devido ao moleque da bananeira”. Mas nem tudo está perdido. Embora avassaladora, a praga moleque da bananeira tem controle. É o que revela um trabalho desenvolvido por dois especialistas para tentar combater a praga da bananeira e tentar minimizar a situação de perda da safra do produto. O trabalho dos especialistas foi apresentado pelo técnico da Secretaria de Agricultura na última semana durante reunião no auditório Vereador Adelson Ângelo de Andrade, na Câmara de Vereadores de União dos Palmares. Na ocasião, Simião exibiu larvas da moleque da bananeira aos produtores de banana à representante do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Josefa Alves, à agente de desenvolvimento do Banco do Nordeste, Lílian Rodrigues, e à gerente da agência do Banco do Nordeste em União dos Palmares, Tereza Ângela. Num recipiente continham várias larvas do moleque da bananeira. Existe uma preocupação no sentido de que a praga do moleque da bananeira venha atingir outras regiões ou pequenas plantações que abastecem o município. Recentemente, a Secretaria de Agricultura promoveu em União um curso com os agrônomos do órgão com o intuito de detectar fungos caso exista, isso tanto na plantação de banana como na laranja-lima. Segundo informações da gerente do Banco do Nordeste, Tereza Ângela, a agência bancária vai renegociar a dívida de todos os produtores do Vale da Pelada e Fundo do Surrão. “Iremos oxigenar aquela região e devolver a certeza de que plantar banana ainda é um bom negócio, desejo reestruturar e deixá-los aptos com o novo crédito”, disse a gerente da instituição oficial a produtores da região, durante o encontro na Câmara de Vereadores de União.

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