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Nº 5759
Cidades

Garoto surrado em escola deixa UTI

| CARLA SERQUEIRA Repórter No começo da tarde de ontem, o garoto José Cícero Monteiro dos Santos, de 9 anos, deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Unidade de Emergência Dr. Armando Lages, onde se recuperava de politraumatismo desde o último sáb

Por | Edição do dia 05/04/2006 - Matéria atualizada em 05/04/2006 às 00h00

| CARLA SERQUEIRA Repórter No começo da tarde de ontem, o garoto José Cícero Monteiro dos Santos, de 9 anos, deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Unidade de Emergência Dr. Armando Lages, onde se recuperava de politraumatismo desde o último sábado e corria risco de morte. Segundo a família, ele foi espancado por colegas, na quarta-feira, 29, dentro da Escola Municipal Manoel Pereira Filho, em Lagoa da Canoa. A médica Josefa Silvana de Almeida, da UE, explicou o que ocorreu com a criança. “O garoto chegou aqui com febre, fraqueza e dores no corpo. No posto de Lagoa da Conoa, ele havia tomado dipirona. Depois, passou mal. Há 4 dias a família disse que ele foi surrado. A criança apresentou rebaixamento do nível de consciência, então resolvemos encaminhá-la para o Hospital de Doenças Tropicais para checar se era meningite. Após os exames, descartamos a possibilidade. Como ele continuava piorando, permaneceu na UTI. Observamos várias manchas roxas nele. Poderia ser alergia à dipirona que havia tomado em Lagoa da Canoa. Foram feitas tomografias no tórax, abdome e crânio. Ficou comprovado o politraumatismo, com lesões no fígado. Por causa da diminuição de plaquetas, há ainda a hipótese de dengue, mas o mais provável mesmo é o politrauma”, detalhou a médica. Ao lado da irmã, Maria Dejandira Rodrigues dos Santos, 22 anos, o garoto está agora na enfermaria. “Meu irmão foi espancado na escola e a culpa é das professoras, que não tomaram conta das crianças. Em casa, a responsabilidade é nossa, mas na escola é delas”, afirmou, ao reclamar da assistência que recebeu da prefeitura. “Eles querem que a gente fique calada, não comente o que aconteceu. A única ajuda que a gente recebeu foi R$ 20, que a secretária de Educação deu a minha outra irmã, só isso”, revelou Dejandira. A polícia ainda não sabe quem deve responder pelo que ocorreu com José Cícero. “Hoje [ontem] identificamos as pessoas que vamos ouvir quarta [hoje] e quinta. Pela repercussão, quero concluir o inquérito na próxima semana”, disse a delegada Maria José Ferreira da Silva. Familiares, amigos da vítima e a direção da escola serão os primeiros a depor.

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