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Nº 5759
Cidades

V�rus da dengue hemorr�gica j� circula entre os alagoanos

Além dos vírus 1 e 2 da dengue, o vírus tipo 3 já circula em Alagoas, deixando a população vulnerável a contrair a forma mais grave da doença: a hemorrágica. A presença do tipo 3, segundo release distribuído ontem pela Secretaria de Estado da Saúde (Se

Por | Edição do dia 22/05/2002 - Matéria atualizada em 22/05/2002 às 00h00

Além dos vírus 1 e 2 da dengue, o vírus tipo 3 já circula em Alagoas, deixando a população vulnerável a contrair a forma mais grave da doença: a hemorrágica. A presença do tipo 3, segundo release distribuído ontem pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) foi confirmada através do resultado de três amostras de um lote de 62, enviadas para o Laboratório Evandro Chagas, no Pará, e Laboratório Central de Pernambuco. Também foi confirmado o isolamento de três amostras com o vírus tipo 1 e mais três com o vírus tipo 2. Segundo o secretário de Estado da Saúde, Álvaro Machado, a circulação simultânea de três tipos de vírus deixa a população vulnerável a casos de dengue hemorrágica. Por isso, ele determinou um reforço de todas as atividades que vêm sendo desenvolvidas no Estado para evitar surtos de dengue. “Alagoas conseguiu vencer as etapas mais críticas sem enfrentar epidemias da doença, mesmo quando muitos Estados passavam pelo problema, graças às ações de saúde desenvolvidas e a participação da comunidade”, destacou o secretário. A coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica da Sesau, Cleide Moreira, explicou que o restante das amostras deram resultados negativos para dengue. Segundo ela, a confirmação de casos de dengue com o vírus tipo 3 não é surpresa, porque ele se manifesta em vários outros Estados, mas, do ponto de vista epidemiológico, preocupa a presença simultânea de 1 e 2. Pacientes já atingidos estão mais propensos a contrair a doença “Quem já teve dengue, seja 1 ou 2, fica mais vulnerável a desenvolver a forma mais grave da doença, quando adoece pela segunda vez”, esclareceu a coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica (Nuvep), da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Cleide Moreira. O objetivo da equipe da secretaria, em parceria com os municípios e o apoio de toda a sociedade, é reduzir para menos de 1% o índice de infestação do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, durante o inverno. Dessa forma, conforme avalia Cleide Moreira, será possível evitar uma epidemia no próximo verão. Hábitos O período crítico para o aparecimento de um maior número de casos vai de janeiro a abril. Neste período, esclarece a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, os hábitos que favorecem à proliferação dos mosquito Aedes estão favorecidos. No verão, acrescenta Cleide Moreira, normalmente as pessoas consomem e armazenam mais água, a estação apresenta altas temperaturas e chuvas, que fazem os ovos eclodirem. Há, ainda, um maior fluxo de pessoas em circulação. Até o último dia 20, a Sesau havia notificado 6.491 casos de dengue, dos quais, 2.181 confirmados, 3.239, descartados e 1.071 estão sob investigação. Os registros sobre a dengue hemorrágica mostram que foram notificados 31 casos, seis foram confirmados; 20 descartados e cinco estão sendo investigados.

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