loading-icon
MIX 98.3
NO AR | MACEIÓ

Mix FM

98.3
segunda-feira, 24/03/2025 | Ano | Nº 5929
Maceió, AL
29° Tempo
Home > Cidades

Cidades

�rg�os federais d�o calote de R$ 1,5 mi em Macei�

Ouvir
Compartilhar
Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Whatsapp

ROBERTO VILANOVA Maceió deixa de arrecadar 1,5 milhão de reais por mês em Imposto Sobre Serviços (ISS) gerado pelas repartições públicas federais. O cálculo, baseado apenas nos serviços de telefonia produzidos pela Empresa Brasileira de Telecomunicações – Embratel – foi apresentado pela oposição na Câmara Municipal, que contesta a alegação de isenção por parte da empresa federal e recomenda à Procuradoria Geral do Município cobrar o débito na Justiça. Cabe à Prefeitura agir para receber o ISS devido, pois o máximo que a Câmara de Vereadores pode fazer é provocar a discussão. A oposição não se conforma com a isenção do imposto e contesta a argumentação dos órgãos federais, que alegam dispositivos constitucionais de interpretação duvidosa. Baseados nos mesmos dispositivos, que levam em conta os chamados serviços essenciais à população, os órgãos federais também não pagam o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e a Prefeitura de Maceió não tem idéia do valor que é devido ao município. Jurisprudência Em todo o País o débito acumulado, resultado do não-pagamento do ISS e do IPTU por parte dos órgãos públicos federais, soma 400 milhões de reais, envolvendo a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, a Empresa de Processamento de Dados – Dataprev – a Empresa de Infra-estrutura Aeroportuária – Infraero – e até mesmo empresas estaduais de economia mista, como é o caso da Companhia das Docas do Estado da Bahia – Codeba. A Empresa de Correios lidera a lista de devedores, com quase 300 milhões de reais. Em Maceió, a Prefeitura não tem idéia do valor que lhe é devido e também nunca questionou o pagamento do ISS e do IPTU. “Na verdade, ninguém nunca cobrou isso. Só agora é que está havendo esse questionamento”, disse o economista Renato Paes, da Secretaria de Finanças, mostrando que a omissão não se limita a Maceió. “Nenhuma prefeitura, até hoje, recorreu contra o não-pagamento dos impostos pelas repartições federais. Todas as ações, até hoje, foram dirigidas aos contribuintes particulares”. Renato admitiu ser necessário se firmar jurisprudência sobre o caso e, para isso, deve-se aguardar a decisão da Justiça sobre as ações que tramitam, por exemplo, no Estado da Bahia. “Sabemos que já houve algumas sinalizações, por exemplo, com relação à Embratel, mas, mesmo assim, não atingiram a todos os serviços da empresa. Há serviços prestados pela Embratel que estão isentos de tributação; outros não. O que teremos de fazer é estabelecer regras claras”, explicou. O valor de 1,5 milhão de reais para o débito dos órgãos federais com o ISS foi calculado pelo volume mínimo de serviços, limitando-se exclusivamente a Maceió. Se o cálculo for extensivo ao Estado, a estimativa é de que o débito ultrapasse os 3 milhões de reais. Mas o problema não está relacionado apenas aos serviços da Embratel ou ao Correios. Também é apontada a isenção do ISS para os serviços de transporte interestaduais. Para a oposição, é preciso determinação por parte das autoridades municipais.

Relacionadas