MP diz que desigualdade social leva menores �s ruas

A promotora de Justiça do Núcleo de Direitos e Defesa da Infância e Juventude do Ministério Público (1º Centro de Apoio Operacional), Marlene Santana Oliveira, afirmou que o MP não tem medido esforços para resolver o problema das crianças que vivem nos sinais de trânsito de Maceió, trabalhando e sendo exploradas até pelos próprios pais. No entanto, o órgão busca trabalhar no combate aos efeitos e não às causas que provocam tal situação. “O problema dessas crianças envolve uma questão que diz respeito à desestrutura social que o País enfrenta, onde a má distribuição e concentração de renda, a miséria e o desemprego levam à desigualdade social. Por isso, para se combater as causas leva-se um longo tempo, pois são causas que estão aí há mais de 20 anos, gerando e aumentando os problemas sociais que atingem em maior parte a criança e o adolescente, colocando-os sempre em situações de risco”, ressaltou. Ela explicou que muitos desses menores estudam meio período e no outro aproveitam, incentivados pelos pais, para buscar uma fonte de renda alternativa que complemente o sustento da família. “Como fazer, então, para combater esse tipo de coisa? Se os pais forem presos, quem ficará com as crianças? É um problema que acaba gerando outro”, considerou. Marlene Santana também afirmou que muitas crianças até se arriscam a perder a bolsa-escola, bolsa-alimentação ou ser desligadas do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), indo para as ruas.