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quarta-feira, 19/03/2025 | Ano | Nº 5926
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Eros�o amea�a resid�ncias e apavora moradores de conjunto

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MOSAEL HENRIQUE Moradores do Conjunto Benedito Bentes I estão apavorados com ameaça de perderem suas casas, por causa de uma grande erosão que se formou na Rua Pratagy e que vem aumentando devido às chuvas. O buraco, que mais parece um abismo montanhoso em plena área urbana, já “engoliu” cerca de 20 casas, sendo as famílias transferidas pela prefeitura para o Conjunto Gama Lins, no Tabuleiro. Para alertar aos órgãos municipais e estaduais sobre a gravidade do problema – afinal a erosão coloca também em risco a vida da população – a comunidade realizou uma manifestação, onde não faltaram críticas à demora do poder público em tomar medidas para tapar o buraco e evitar a destruição de moradias, estrada e até de uma escola estadual que fica próxima à área. “O pior é que a erosão começou há cerca de sete anos e já foi assunto de várias reportagens. Os moradores durante a remoção tiveram suas casas destruídas e a prefeitura prometeu dar uma solução para o problema, mas até agora nada foi feito, criticou Roberto Maximiniano, coordenador do Movimento Popular de Articulação Comunitária. O medo dos moradores é de que a situação se agrave neste inverno, quando as águas da chuva provocarão o aumento da erosão, que tem uma altura de cerca de 50 metros de altura e outros 50 metros de diâmetro. “Se não houver providências imediatas, o buraco certamente irá aumentar, derrubando tudo o que estiver por perto”, afirma Maximiniano. “Corremos o risco de ver desabar novas casas localizadas ao lado, causando uma tragédia a qualquer momento”, ressalta ele, acrescentando que, a partir desta semana, a comunidade irá encaminhar abaixo-assinado a vários órgãos públicos, cobrando obras de infra-estrutura. “Se não resolver logo esse problema, no inverno as águas vão descer com mais força no buraco, aumentando o medo entre os moradores”. Interdição Para tentar conter a erosão, os moradores interditaram a pista que passa ao lado do buraco. “Quando passava caminhão, parecia que parte da estrada ia desabar”, conta a moradora Vilma Maria Lima, que resolveu colocar cavaletes na pista. Ela mora quase vizinha ao “buraco” e tem medo de também perder a sua casa ou de sofrer algum tipo de acidente. “Os técnicos da Ceal estiveram aqui e alertaram para o risco de cair o poste de alta tensão”, salienta. O poste está localizado a menos de dois metros do buraco, que se aumentar mais um pouco irá levá-lo junto. “Se isso acontecer, estaremos correndo perigo, já que a fiação irá cair em cima de nossas casas”, afirma dona Vilma, acrescentando que já pediu à companhia de energia a relocalização do poste, “mas até agora também a reivindicação não foi atendida”. Brigas à parte, a realidade é que o imenso buraco, além de trazer medo à comunidade, vem desvalorizando o preço dos imóveis situados na região. “Uma casa que valia cerca de R$ 20 mil, hoje não é vendida por mais de R$ 10 mil por causa da erosão, que esse terreno vem sofrendo”, diz Maximiniano.

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