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Homens e urubus disputam lixo levado pelo Salgadinho

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Um quadro capaz de retratar bem a miséria causada pelo desemprego: ontem pela manhã, após a chuva da madrugada, homens e urubus disputavam o lixo trazido pelas águas poluídas do Riacho Salgadinho. Em contraste com a areia clara da Praia da Avenida, catadores de plásticos, latas, ferros, madeira e outros entulhos juntavam tudo o que podiam, enquanto as aves se alimentavam dos restos jogados no córrego. Os homens enfrentavam a sujeira e a poluição sem luvas ou botas, juntando todo o material em carroças para ser entregue em depósitos. O quilo do lixo apanhado no Salgadinho custa R$ 0,40, se for plástico, e R$ 0,50, o quilo de latas e ferro. Dimas Vieira Queirós, 48 anos, é um ex-militar, com curso de vigilante, desempregado. “Estou catando lixo para sobreviver, porque não encontro emprego e venho ao Salgadinho toda vez que chove. Nos outros dias, pego lixo na rua e vendo ao depósito do Tenório, no Joaquim Leão, localizado no Vergel do Lago”, disse Dimas. Fabrício Santos Costa tem apenas 17 anos, mas é outro carroceiro que disputa o lixo que chega à praia pelo riacho. Severino da Silva, 29 anos, “trabalha” em parceria com Fabrício, mas já foi operador de máquinas e está desempregado. Tem mulher e filhos para sustentar. Ednaldo Pereira, 30 anos, catava pedaços de madeira jogados no Salgadinho para vender em padarias. “Sou obrigado a enfrentar essa situação para não morrer de fome”, lamentou Ednaldo.

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