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Alagoana leva pesquisa sobre baiacu a Paris

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FÁTIMA VASCONCELLOS Os acidentes com o peixe baiacu, típico de regiões quentes, pela primeira vez são tema de um trabalho científico que mostra alternativa de tratamento para a ação do seu veneno no organismo humano. A autora, dermatologista alagoana Edméa Kummer, vai apresentar o estudo em Paris, no XX Congresso Mundial de Dermatologia, que acontece de 1 a 5 de julho. O peixe é coberto por espinhos, tal como o ouriço. Apesar dessa característica, ele não ataca ninguém. Pelo contrário, foge diante do movimento das pessoas. Não escapa, porém, da rede dos pescadores. Eles têm aversão ao baiacu, afinal, além de não ser aceito na culinária local, ainda comete o “acinte” de destruir as iscas jogadas no mar. Geralmente, a primeira reação dos pescadores ao encontrar um baiacu é jogá-lo na praia, ao invés de devolvê-lo vivo ao mar, onde permanece inofensivo, no seu hábitat. Ou então, esmagam a cabeça e sacodem os restos na água. Mas a maré arrasta o esqueleto para a areia, causando acidentes. Contaminação Ao pisar no esqueleto do baiacu, o homem se contamina com os resíduos da toxina guardada nos espinhos e apresenta reações como dor intensa, febre e vermelhidão na área afetada, infecção e granuloma de corpo estranho, como explica a médica. Ela teve como co-autor da pesquisa o também dermatologista Dídimo Kummer. De acordo com a profissional, diversos animais aquáticos podem provocar acidentes em seres humanos, sendo mais freqüentes os ocasionados por ouriços, águas-vivas, caravelas, corais e peixes como o niquim, bagre, arraia e o baiacu. “Muitas vezes os acidentes ocorrem não devido ao contato com o animal vivo, mas sim pelos ferrões, espículos ou esqueletos abandonados nas areias”, advertem Dídimo e Edméa, orientando os pescadores para que deixem o baiacu vivo, no mar, onde não constitui ameaça.

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