Servidores da Ceal deflagram greve por reposi��o

Os servidores da Companhia Energética de Alagoas (Ceal) decidiram, ontem, em assembléia realizada na sede do Sindicato dos Urbanitários, deflagrar greve por tempo indeterminado a partir da zero hora de hoje. Eles reivindicam uma reposição salarial de 10%, correspondente à inflação acumulada do último ano, e mais 1% de um resíduo salarial não pago no ano passado. Foi a sexta assembléia realizada pelos funcionários da categoria, que já haviam deliberado um prazo até ontem, para a Ceal apresentar uma proposta às suas reivindicações. Mas a companhia não entrou em contato com o sindicato. O presidente dos Urbanitários, Erivânio Cleto, assegurou que a população não será prejudicada com a greve, uma vez que somente a parte administrativa será paralisada. “O serviço essencial será mantido e em nenhum momento a greve vai fazer com que uma casa de Alagoas fique sem energia elétrica”, garantiu o sindicalista. Segundo o presidente dos Urbanitários, dentre as reivindicações da categoria estão inclusos o pagamento de produtividade e o aumento do valor do tíquete-alimentação de R$ 6,50 para R$ 15,00, valor pago pela maioria das estatais do País. “A Ceal apresentou uma proposta para aumentar o valor do tíquete para R$ 8,50, que foi recusado pelos trabalhadores”, ressaltou. Erivânio explicou ainda que uma das dificuldades enfrentadas nas negociações é que a Ceal está federalizada e os pontos econômicos dependem de uma posição da Eletrobrás e de aprovação do Dest (Departamento de Controle das Estatais). “Esse departamento interfere também na negociação dos acordos coletivos”, salientou. Hoje, os servidores da Ceal se reúnem pela manhã em frente à sede da companhia, no Farol, para discutir os rumos do movimento e anunciar a data da próxima assembléia.